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Três mortes

Se não fosse pela Copa do Mundo, Arena Corinthians estaria interditada

LANCEPRESS
03 abr 2014 às 12:05

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Depois de mais uma morte na Arena Corinthians, Luis Antonio Medeiro, chefe dos auditores e maior autoridade do Ministério do Trabalho (MTE) em São Paulo, fez acusações sérias sobre a construção do estádio do Corinthians. Segundo ele, o órgão está fechando os olhos para as irregularidades presentes na obra, que já era pra ter sido interditada.

- Se esse estádio não fosse da Copa (do Mundo), os auditores teriam feito uma auto infração por trabalho precário e paralisado a obra. Estamos fazendo de conta que não vemos algumas coisas irregulares - disse ele em entrevista à Folha de S. Paulo.

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No sábado, dia 29 de março, o operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, morreu após cair de uma altura de nove metros, enquanto trabalhava na colocação das arquibancadas. Antes dele, outros dois operários também foram vítimas fatais de um acidente na Arena Corinthians, quando um guindaste tombou.

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Vale lembrar que Fábio era funcionário da WDS Construções, empresa terceirizada pela Fast Engenharia que, por sua vez, foi contratada pela Ambev que fez parceiria com o governo de São Paulo para a instalação das arquibancadas provisórias.


- Isso é trabalho precário. Não vamos nem entrar neste assunto por que vai atrasar ainda mais a obra. Falei com o ministro e ele deu respaldo. Estamos fazendo de conta que não estamos vendo - enfatizou Medeiros.

Além da abertura da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho, o estádio do Corinthians sediará outras cinco partidas Mundial. O prazo inicial de entrega era para janeiro de 2014, que foi prolongado para 15 de abril, após o primeiro acidente que resultou na morte de dois operários.


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