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Imbróglio...

Sobre categorias de base no Brasil, Gallo diz: 'É um problema estrutural'

LANCEPRESS!
21 mai 2015 às 17:05

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- Reprodução
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Alexandre Gallo assumiu a função de coordenador técnico das categorias de base do Brasil em janeiro de 2013. A permanência do treinador no cargo deveria durar até 2016, quando comandaria a Seleção na busca do ouro olímpico no Rio de Janeiro. Porém Gallo ficou pelo caminho. Nestes dois anos de Brasil, constatou falhas nas categorias de base brasileiras.

"A pirâmide da categoria de base deve virar de cabeça para baixo. Hoje numa categoria de base de um clube, quem ganha mais é o treinador da sub-20, que tem um no hall maior, ex-atleta de nome. Esse treinador tem que ser da sub-15. A regra nossa hoje é primeiro fortalecer a base quando ele é sub-20. Temos que fortalecer a formação do atleta. Principalmente se um ex-atleta possa ensinar passe, finalização, ultrapassagem, leitura de sistema. Só consegue quando vai na base do garoto, e a base no Brasil é com 14, 15 anos. Vou ter que formar esse atleta melhor. Temos que investir pesado na sub-15", disse Gallo, ao 'Seleção SporTV'.

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A última competição disputada com Gallo no comando foi o Sul-Americano Sub-20, realizado em fevereiro. O Brasil apresentou um time desestruturado e técnicamente ruim, que culminou com o 4º lugar na competição. Gallo deixou para Mário Rogério Reis Micalle, seu sucessor, uma equipe com "falhas de formação".

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"Quando ele chegar ao sub-20, já tem que estar no profissional. Senão esse atleta não vai ter continuidade. A gente acompanha bastante na sub-17, sub-20, jogadores que não tiveram uma formação verdadeira de categoria de base com problemas técnicos, são jogadores rápidos, técnicos, fortes. Tem leitura de jogo, mas tem dificuldade com o pé esquerdo, com o cabeceio. Isso tudo tinha que ser trabalhado aos 14 anos. Geralmente os clubes no Brasil colocam no sub-15 um recém-formado. Acho que tem lugar pros teóricos", afirmou o treinador.

Enquanto Gallo foi coordenador das categorias de base do Brasil, buscou aperfeiçoar o trabalho da Seleção. Apesar de na mesma entrevista ter criticado a globalização do futebol, elogiou a postura do Benfica em relações aos garotos os quais forma. "No Benfica, abaixo de 12 anos, eles chegam o futebol de 7. Quando chega aos 12, completam os 7 com os 11. Já sabem tudo que deve ser feito, com didática de lousa, de filmes, para que os atletas desta categoria já entendam o que é o futebol. Tem que haver mudança, mas a mudança é muito grande e não temos nada disso. A CBF só pega o produto final", completou.


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