Um grupo de torcedores do Londrina Esporte Clube (LEC) pegou a estrada neste domingo (4) para prestar suas últimas homenagens ao goleiro Danilo, uma das 71 vítimas da queda do avião que levava a Chapecoense a Medellín para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, pela qual deveria enfrentar o Atlético Nacional na última quarta (30). Após o velório coletivo realizado na Arena Condá no sábado (3), o corpo do jogador foi levado para Cianorte (80 km a leste de Maringá) para o derradeiro adeus de familiares, amigos e conhecidos no centro de eventos Carlos Yoshito Mori. O enterro no cemitério municipal está marcado para as 16h.
Um dos jogadores mais queridos do time catarinense, o arqueiro também tem status de ídolo em Londrina graças às três temporadas em que defendeu o Tubarão, participando ativamente do processo inicial de reconstrução do departamento de futebol do clube - sob gestão da SM Sports - e também da recuperação da autoestima da agremiação.
Os torcedores do Londrina que foram a Cianorte estenderam uma faixa da torcida organizada Falange Azul e também uma bandeira com o escudo do LEC. Além disso, o clube enviou uma coroa de flores homenageando seu ex-atleta.
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Danilo defendeu as cores do Londrina entre 2011 e 2013, conquistando o acesso da segunda para a primeira divisão do Paranaense e garantindo a volta do time às competições nacionais - o Tubarão sucumbiu nas oitavas de final da Série D em 2013. Graças às boas apresentações, chamou a atenção de equipes das divisões superiores e foi emprestado à Chapecoense no final daquele ano. Em 2014, assinou em definitivo com a Chape e logo se tornou um dos principais responsáveis pela ascensão do clube no cenário nacional.
Marcos Danilo Padilha tinha 31 anos e começou sua carreira como profissional em 2003, no Cianorte Futebol Clube. Durante várias temporadas esteve sob o comando do treinador Claudio Tencati, que também é da cidade do Noroeste paranaense, e anos depois reencontrou o treinador no Tubarão. Sua trajetória, assim como de outras 70 pessoas, entre jogadores, dirigentes, jornalistas e tripulantes, foi brusca e tragicamente interrompida na madrugada da última terça-feira (29), quando a aeronave que transportava a Chapecoense caiu a poucos quilômetros de Medellín por estar sem uma gota de combustível.