Horas depois de a Fifa anunciar uma suspensão de oito anos a Michel Platini e Joseph Blatter, condenados por "abuso de poder" após um pagamento suspeito de US$ 2 milhões feito pelo suíço ao francês em 2011, a Uefa divulgou um breve comunicado nesta segunda-feira, no qual manteve o seu apoio ao presidente da entidade que controla o futebol europeu.
A Uefa destacou estar "naturalmente extremamente decepcionada" com a dura pena aplicada ao seu máximo dirigente, lembrando que "no entanto a mesma está sujeita a um recurso". Em seguida, o organismo enfatizou que "mais uma vez apoia o direito de Michel Platini a um processo junto e a oportunidade de limpar o seu nome".
O dirigente francês foi suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa por oito anos e, também por meio de um comunicado, disse que a decisão da entidade foi uma "fraude" e avisou que vai recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para poder seguir trabalhando no futebol.
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Platini pretendia ser um dos candidatos na próxima eleição presidencial da Fifa, em 26 de fevereiro, mas dificilmente poderá concorrer ao cargo. E o dirigente ainda ressaltou que não foi surpreendido pela decisão da Fifa, que segundo ele, seria "orquestrada" para prejudicá-lo, às vésperas do pleito presidencial.
"Estou certo de que meu destino já estava selado antes da audiência de 18 de dezembro e o veredicto não passa de um desejo patético de me eliminar do futebol. Tanto nos gramados quanto nos meus cargos diretivos, meu comportamento foi sempre impecável e eu, de minha parte, estou em paz com a minha consciência", afirmou o francês, que também é um dos vice-presidentes da Fifa.