O técnico PC Gusmão não resistiu à terceira derrota do Vasco em três jogos na Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Um dia depois de o time ser batido pelo Boavista por 3 a 1, no Engenhão, o treinador foi demitido pelo clube nesta sexta-feira.
A situação do comandante ficou insustentável após o novo revés, já que o próprio presidente vascaíno, Roberto Dinamite, admitiu que não entendia os motivos para a equipe começar o torneio estadual de forma tão ruim - antes de cair diante do Boavista, o time perdeu por 1 a 0 para o Resende e por 3 a 2 para o Nova Iguaçu nas duas rodadas iniciais da competição.
Contratado em junho para substituir Celso Roth, que acabara de se transferir para o Internacional, PC Gusmão comandou o Vasco em 35 partidas, nas quais acumulou 12 vitórias, 15 empates e oito derrotas (aproveitamento de 48,6%).
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PC Gusmão acabou sendo demitido apenas dois dias antes de o time disputar o clássico do próximo domingo, contra o Flamengo, que lidera o Grupo A da Taça Guanabara. No confronto, a equipe de São Januário, lanterna da chave, precisa vencer a qualquer custo para seguir com chances matemáticas de classificação à próxima fase do primeiro turno da competição.
Horas depois de ser demitido, PC Gusmão confirmou de forma oficial que a decisão pela sua saída foi tomada na manhã desta sexta e comunicada em seguida a ele por telefone. "Recebi a notícia hoje (sexta) por volta de meio-dia. O presidente Roberto Dinamite me ligou me passando a decisão que ele havia tomado com a diretoria, numa reunião hoje (sexta) pela manhã. Ele me ligou agradecendo pela minha vinda em um momento muito difícil para o Vasco da Gama, que eu prontamente me coloquei à disposição", afirmou o treinador, por meio de um pronunciamento distribuído pela sua assessoria.
Missão cumprida. Ao falar sobre a sua trajetória no Vasco, Gusmão lembrou que conseguiu cumprir uma das missões que recebeu depois de deixar o comando do Ceará durante a disputa do Campeonato Brasileiro do ano passado. "Num primeiro momento eu vim com a missão de livrar o Vasco do rebaixamento, já que todos nós sabíamos das dificuldades que o Vasco vivia e vive. Com algumas dificuldades, força e determinação do grupo, a gente conseguiu tirar o Vasco (do risco de queda), conseguimos uma vaga na Sul-Americana e fechamos o ano que poderia ser muito ruim, com a volta à Série B. Se não conseguimos uma vaga na Libertadores, conseguimos uma vaga numa competição internacional e demos um alento grande para melhorar o grupo no início desta temporada", enfatizou.
O treinador ainda garantiu que não tinha problemas de relacionamento com o grupo de jogadores do Vasco, apesar de que, no final do ano passado, chegou a dar uma entrevista em tom de despedida, na qual disse que estava "incomodado com coisas internas que estavam acontecendo". Ele acredita que a sua demissão foi decidida apenas por causa da sequência de resultados ruins que acumulou à frente da equipe.
"Independentemente do que as pessoas falem, nunca tive problema nenhum com algum jogador do Vasco da Gama, sempre colocando (as suas posições), mas ouvindo as colocações dos atletas. E todos nós já sabemos que, quando o resultado não vem, no futebol a troca é inevitável. Mas, como sempre falo nos clubes em que trabalhei, saio pela mesma porta pela qual entrei, com a cabeça erguida e com a primeira missão cumprida, de tirar o Vasco do rebaixamento", acrescentou.