Embora a Argentina figure hoje apenas na nona colocação do ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e tenha ficado longe de lutar por títulos de expressão na modalidade nos últimos anos, o técnico Bernardinho teme a força do adversário no confronto com a seleção brasileira masculina neste domingo (27), às 4 horas (horário de Brasília), em Hamamatsu, no Japão, na abertura da terceira fase da Copa do Mundo.
Antes de encarar o adversário, o treinador fez uma série de elogios ao time argentino e deixou em segundo plano o favoritismo do Brasil, que está na terceira posição da competição que garante três vagas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Nem o fato de a seleção ter vencido os últimos três confrontos que travou com a Argentina, na Liga Mundial, no Campeonato Sul-Americano e nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, ilude o comandante brasileiro.
"A Argentina é um rival tradicional do Brasil. Uma equipe que, historicamente, sempre foi uma pedra no sapato e que, em muitas disputas importantes, venceu o Brasil. É uma equipe jovem, com grandes jogadores que são filhos das antigas gerações vencedoras da Argentina, e muito bem comandada pelo Weber", afirmou Bernardinho, que também não se empolgou com o fato de a Argentina ter sido derrotada pela modesta seleção iraniana na última rodada da segunda fase da Copa do Mundo.
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"É uma equipe que vem bem nesta Copa do Mundo, embora tenha sido surpreendida na última partida, quando perdeu para o Irã. Mas é uma equipe que está na briga pela classificação diretamente", analisou o treinador, para depois fazer elogios de forma individual aos argentinos.
"A Argentina tem um ótimo levantador, o De Cecco, que é muito habilidoso, joga com muita velocidade, finta bastante, usa muito a bola de segunda, é agressivo e muito competente. Os ponteiros são Quiroga e Conte, filhos de grandes ex-jogadores. Acredito que o Conte, entre esses atletas jovens, esteja entre um dos principais. É um ponteiro com muita velocidade e boa variação de golpes, entre outras qualidades.
O Pereyra é um oposto que vem crescendo muito. E eles têm dois centrais, Crer e Solé, muito jovens, mas que cresceram muito e que começam a chegar no patamar dos principais centrais do mundo", completou Bernardinho.
A Argentina, porém, está apenas na sétima colocação desta Copa do Mundo, com nove pontos em cinco partidas disputadas até aqui, tendo acumulado três vitórias e duas derrotas. E a melhor posição dos argentinos na competição foi um quinto lugar em 1985. Depois de encarar o tradicional rival, o Brasil enfrentará Cuba, na segunda-feira, e a Sérvia, na terça, em seu último confronto nesta terceira fase. E, após os duelos em Hamamatsu, a seleção fechará a sua participação na competição em Tóquio, onde irá enfrentar o Irã, na sexta, a Polônia, no sábado, e o Japão, no domingo.