A seleção brasileira voltou ao topo do vôlei masculino neste domingo, em Belgrado. Após uma campanha brilhante, com apenas uma derrota em 16 partidas, a equipe conquistou o oitavo título na Liga Mundial. Em jogo tenso e marcado por decisões polêmicas da arbitragem, o time comandado por Bernardinho superou a Sérvia por 3 sets a 2, com parciais de 22/25, 25/23, 25/22, 23/25 e 15/12, após 2h04min de disputa.
A conquista é a oitava da equipe, que já havia subido ao topo do pódio em 1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. O número iguala o da Itália, grande potência do vôlei nos anos 90, e que foi campeã em 1990, 1991, 1992, 1994, 1995, 1997, 1999 e 2000.
O título mostra que a nova geração do vôlei brasileiro pode dar tantas alegrias ao torcedor como a anterior, que faturou praticamente todos os títulos possíveis na última década. Entre os jogadores que participaram da competição, apenas cinco estiveram presentes na campanha da medalha de prata da Olimpíada de Pequim, no ano passado - Giba, Rodrigão, Bruno Rezende, Murilo e Serginho.
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Durante a competição, Lucas e Leandro Vissotto se juntaram aos vice-campeões olímpicos e se firmaram entre os titulares da equipe de Bernardinho. A partir da semifinal, com a contusão de Rodrigão (jogou somente alguns instantes da decisão), Sidão entrou bem no time e atuou com destaque nos confrontos decisivos.
No confronto deste domingo contra a Sérvia, o Brasil teve muito trabalho para parar Miljkovic, que não deu chances à defesa brasileira na primeira parcial. O levantador Grbic colocava praticamente todas no experiente jogador.
Mas, a partir do segundo set, a defesa e o bloqueio, fundamentos essenciais da equipe brasileira durante toda a campanha na Liga Mundial, começaram a funcionar. A seleção ganhou o controle da partida e caminhou rumo à conquista em Belgrado.
Com o crescimento em quadra de jogadores como Giba, Lucas e Murilo, o Brasil jogou a pressão para o adversário, que começou a cometer muitos erros. No entanto, com o apoio da torcida que lotava a Beogradska Arena, os sérvios mantiveram o equilíbrio da partida, que ganhou em emoção até o ponto decisivo.
Mesmo com os erros de arbitragem (no quarto set, após ser chamado pelos integrantes da mesa, o juiz teve que voltar atrás em um ponto e computá-lo a favor do Brasil), que tirou alguns pontos importantes da seleção brasileira durante toda a partida, a equipe imprimiu um ritmo forte e conseguiu parar Miljkovic em pontos decisivos, para vencer a segunda parcial.
No terceiro set, o domínio brasileiro foi total e a Sérvia só chegou um pouco mais perto no marcador quando a vitória do Brasil já estava quase garantida. O quarto set foi mais equilibrado e polêmico. O time de Bernardinho se desconcentrou na hora decisiva e permitiu o empate.
No quinto e decisivo set, a seleção brasileira chegou a estar perdendo por três pontos de diferença, mas aplicou uma virada espetacular sobre o adversário e garantiu a conquista da Liga Mundial. Giba fez o ponto do título.
O grande pontuador brasileiro na partida foi Leandro Vissotto, com 29 pontos, sendo 24 de ataque, quatro de bloqueio e um no saque. Pela equipe sérvia, Miljkovic liderou as estatísticas, com 28 pontos - destes, 25 de ataque.
A Sérvia nunca conquistou uma Liga Mundial e tem o Brasil como principal algoz. Em 2003 e 2005, ainda como Sérvia e Montenegro, a equipe foi superada pelo Brasil também na final. A Iugoslávia, que deu origem ao país, foi campeã olímpica nos Jogos de 2000, em Sydney.