O armador Marcelinho Huertas demorou alguns anos para realizar o sonho de atuar na NBA e, quando conseguiu, ganhou uma bela história para contar. Contratado pelo Los Angeles Lakers para esta temporada, o brasileiro foi testemunha ocular da última temporada de Kobe Bryant.
Após 20 temporadas na principal liga de basquete do mundo, todas com o Lakers, Kobe se despedirá do esporte nesta quarta-feira, diante do Utah Jazz. Será o adeus de um dos grandes nomes da história do basquete, vencedor de cinco títulos da NBA e terceiro maior cestinha da liga em todos os tempos. Por isso, Huertas sabe que participará de um momento inesquecível.
Como foi participar como testemunha ocular do "Farewell Tour" do Kobe?
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Está sendo um privilégio acompanhar de dentro as despedidas e as homenagens calorosas que ele recebeu por onde passou, inclusive onde o Lakers não é bem-vindo e o Kobe sempre foi odiado, ver as pessoas se rendendo por tudo que ele fez pelo basquete e pela franquia do Lakers. Pela admiração, mesmo que muitas vezes com esse ódio de não poder contar com ele no seu time, pelo profissionalismo, pela carreira mais que brilhante e vencedora que construiu.
Como imagina que será este último jogo?
Não sei como será, só imagino que será uma festa, talvez até difícil de se preparar, tendo em conta que o mais importante será a última homenagem jogando no ginásio em que conquistou títulos e fez história diante do público que tanto o apoiou e o idolatra. Esse jogo será uma caixinha de surpresas provavelmente para todos nós.
O que conseguiu aprender neste período que conviveu com ele?
Esse ano o Kobe, em muitos momentos, esteve meio "afastado", não podia ter carga de treinos e o contato que tivemos em geral foram em dias de jogos e um pouco no vestiário. É um cara que quando fala todo mundo abaixa a orelha e escuta, um estudioso do jogo que sempre pode dar um conselho para qualquer jogador e que sempre pode acabar te servindo, um líder dentro e fora da quadra, um exemplo.
Você conversavam no dia a dia? Do que falavam? Como é esse Kobe que poucos conhecem?
Como disse anteriormente, não tivemos tanta proximidade devido a sua condição física, esse ano ele não pôde participar de muitos treinos por causa das fortes dores, mas sempre que tinha a oportunidade conversava com ele sobre qualquer coisa. Na maioria das vezes sem ser de basquete, muitas vezes de futebol, falando em espanhol ou italiano, que ele gosta, e muitas vezes puxava um papo sem ser em inglês.
Qual o legado que o Kobe deixa para o basquete?
Seu legado é invejável, é um mito do basquete, deixará um vazio grande na quadra e no coração dos torcedores, mas que sempre terão seu nome na ponta da língua e jamais será esquecido por tudo que fez pelo basquete e principalmente pelos Lakers.