Ao ir às compras, é comum encontrar alimentos na versão diet, light e zero, que normalmente são associados à baixa quantidade de calorias. A expressão mais antiga, diet , ficou associada a alimentos próprios para portadores de diabetes por não conterem açúcar, mas isso não é regra. A nutricionista Tatiane Cortes Roso explicou, em entrevista à Agência Brasil, a diferença entre os três tipos de alimentos, confira.
Diet
A nutricionista explica que os alimentos diet são regulamentados pela Portaria/MS 29, de 13 de janeiro de 1998 - o Regulamento Técnico de alimentos para fins especiais. “Produtos diet são direcionados para pessoas com dietas especiais para certas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemia. Então é a redução de algum nutriente. Por exemplo, retiram o sódio de uma batata frita, como a gente vê no mercado, e substituem por cloreto de potássio”. No entanto, mesmo com a redução, esses nutrientes ainda podem estar presentes em menor quantidade. “Pode haver residual de açúcares e gorduras totais no produto de, no máximo, 0,5g por 100g/ml”, esclarece Roso.
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Além de pessoas com restrições alimentares, esse tipo de alimento pode ser consumido por quem não deseja ingerir ingredientes como açúcar, gordura, proteína ou outros. Devido a isso, além da sinalização de produto diet, o rótulo deve especificar qual alimento foi retirado ou substituído no produto.
O fato de um alimento ser diet não significa que é menos calórico do que o tradicional. Segundo Roso, em iogurte, por exemplo, a indústria reduz o teor de gordura, mas acrescenta amido, açúcares e espessantes para substituir as gorduras totais.
Light
Para ser considerado light, o alimento deve ter redução de pelo menos 25% de algum componente, como açúcar, gordura, sódio ou outros. Dessa forma, o conteúdo energético normalmente é reduzido quando comparado com o tradicional de referência. “Então, não basta só alegar que o produto foi reduzido em algum nutriente, é preciso compará-lo com uma versão convencional do mesmo alimento. Assim, o consumidor saberá se realmente houve redução em nutrientes e/ou valor energético”, diz a nutricionista.
Esse tipo de produto é indicado para pessoas que estão em dieta de emagrecimento. No entanto, Roso ressalta que para que ocorra, de fato, a redução de peso, a quantidade ingerida deve ser semelhante à que seria consumida na versão tradicional. Caso contrário, a pessoa pode ganhar peso devido ao exagero.
Os alimentos light são regulamentados pela Resolução RDC 54, de 12 de novembro de 2012 da Anvisa - o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Nesse caso, as orientações são para o público em geral.
Zero
Um alimento entra na classificação como tipo zero quando não tem algum componente, podendo ser zero açúcar, zero gordura, zero sódio, entre outros. Nesses casos, não ocorre a adição de outro nutriente para repor o sabor, como no diet.
Grande parte dos produtos zero é reduzida em calorias e açúcares, podendo ser utilizada tanto por pacientes com diabetes quanto por quem deseja perder peso.
“Uma pessoa com diabetes pode consumir alimento light ? Sim, mas ela vai ter que olhar no rótulo se houve redução de açúcares. E se o açúcar foi substituído pelo adoçante, no caso dos portadores de diabetes. No caso da pessoa hipertensa, tem que checar se houve redução no sódio, por exemplo. É importante que as pessoas aprendam a ler o rótulo”, orienta a nutricionista.