Adotar uma alimentação mais equilibrada não significa somente retirar a carne, mas priorizar alimentos naturais e nutritivos, como proteínas vegetais, cereais integrais e gorduras boas. Assim, o flexitarianismo surge como abordagem intermediária, que permitindo a redução do consumo de carne sem eliminá-la completamente, e facilita a transição para um estilo alimentar mais saudável e sustentável. Além de melhorar a saúde cardiovascular e metabólica, essa dieta ajuda a controlar o peso, reduzir inflamações e fortalecer o sistema imunológico.
Segundo Tatiane Schallitz e Eleonora Galvão, nutricionistas do Instituto Nutrindo Ideais, detalham a respeito do assunto e indicam receitas para uma dieta flexitariana. Confira:
Schallitz explica que o flexitarianismo é um padrão alimentar que prioriza alimentos de origem vegetal, porém, sem excluir totalmente a carne. O termo une “flexível” + “vegetariano”, indicando uma abordagem mais equilibrada e menos restritiva.
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“Diferente do vegetarianismo, onde a carne é eliminada, o flexitarianismo propõe reduzir a frequência e a quantidade de carne consumida, dando preferência a proteínas vegetais e alimentos minimamente processados. Essa estratégia é uma alternativa para quem quer os benefícios de uma alimentação mais baseada em vegetais, mas sem abrir mão da carne em determinadas ocasiões. Além de ser mais acessível e sustentável, essa abordagem permite uma transição alimentar mais natural, sem imposições rígidas”, destaca.
Benefícios para a saúde
A dieta flexitariana tem os benefícios de uma alimentação baseada em vegetais sem os riscos nutricionais de restrições extremas. Reduzir o consumo de carne e aumentar a ingestão de alimentos naturais pode proporcionar vários impactos positivos para a saúde:
Melhorar a saúde cardiovascular: dietas com menos carne vermelha e mais vegetais reduzem o colesterol LDL, a inflamação sistêmica e o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral).
Menos risco de câncer: o menor consumo de carnes processadas diminui a exposição a nitritos e nitrosaminas, compostos associados ao câncer colorretal e gástrico.
Controle do peso e saciedade: a alta ingestão de fibras eleva a saciedade e melhora o metabolismo, facilitando o controle do peso sem necessidade de restrições severas.
Aperfeiçoamento da microbiota intestinal: mais fibras e menos carne processada favorecem equilíbrio saudável da flora intestinal, reduzindo inflamações e fortalecendo o sistema imunológico.
Menor sobrecarga renal e hepática: a redução de proteínas animais diminui a produção de resíduos metabólicos como ureia e creatinina, reduzindo a pressão sobre os rins e o fígado.
Menos inflamação e resistência à insulina: a alimentação baseada em vegetais melhora a sensibilidade à insulina, ajudando na prevenção do diabetes tipo 2.
Diferenças entre flexitariano, vegetariano e vegano
Schallitz comenta as principais diferenças entre os estilos de dieta.
Flexitariano: prioriza alimentos vegetais, mas consome carne ocasionalmente, sem regras fixas de frequência ou quantidade. O foco é reduzir, não eliminar, incentivando um equilíbrio entre proteínas animais e vegetais.
Vegetariano: exclui carnes (vermelha, frango, peixe), no entanto, pode incluir ovos e laticínios, dependendo da variação:
Ovolactovegetariano: consome ovos e laticínios.
Lactovegetariano: consome laticínios, não ovos.
Ovovegetariano: consome ovos, não laticínios.
Vegetariano estrito: não consome qualquer tipo de carne, ovos ou laticínios.
Vegano: exclui todos os alimentos de origem animal, incluindo carnes, ovos, laticínios e mel. Além da alimentação, o veganismo costuma envolver um estilo de vida que evita produtos de origem animal em vestuário, cosméticos e outros itens do cotidiano.
