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Marx, o trabalho e a agricultura como inovação

Beto Mansur
26 jul 2010 às 17:52
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O pensador e sociólogo, Karl Marx (1818 – 1883) concluiu que o homem, na busca de sobrevivência, pelo uso das forças naturais, desenvolveu sua consciência e conquistou relativa liberdade para manifestar-se. Com isso, ao longo do tempo, vem praticando a domesticação da natureza com a transformação racional de matéria-prima em produtos para o consumo.

Diferente dos animais – que para sobreviverem se comportam pelo instinto -, o homem, de forma concreta, planeja e executa suas idéias, colocando em prática a sua capacidade de explorar habilidades ao definir variadas maneiras de alcançarem objetivos e realizando missões pretendidas. Diante disso, ele estará administrando sua livre opção de procedimentos que melhor se ajuste ao processo produtivo e assim, decide implementá-lo para a realização do trabalho.
Para aumentar o seu poder sobre a natureza, o homem veio, através do tempo, utilizando-se de animais e de instrumentos de produção à sua força física natural e potencializando sua capacidade transformadora.

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Preocupado com sua perpetuação no tempo, o homem decidiu pela produção de seu alimento. Uma agricultura sob o uso do raciocínio estava se desenvolvendo, talvez pela ação das mulheres que tinham a função de recolher sementes ao longo dos rios. Neste mesmo momento, grupos nômades começaram a se instalar numa mesma localidade, produzindo seus alimentos e distribuindo entre os membros das aldeias suas funções sociais.

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Assim, quando essas funções sociais foram distribuídas, nasceram as classes sociais, o homem tornou-se civilizado e combinou nas aldeias, a agricultura com artesanato.

Neste contexto, além da agricultura, outras inovações tecnológicas acompanharam essa revolução de comportamento: a escrita, o calendário e a geometria.

A agricultura que se formou, teve como característica a produção coletiva dos bens em três centros urbanos agrícolas. O primeiro, na região do Crescente Fértil e Egito; o segundo no Sudeste da Ásia, onde o arroz foi produzido e levado em direção à China, e o terceiro, foi na América Central, onde o cultivo do milho teve início por volta de 5000 a.C. Dentro dessa evolução, o homem passou a compreender a natureza, mas sempre dando a esses efeitos, uma conotação divina: fatos da natureza sendo provocados pelos deuses. Isto tudo, num tempo que a convivência social e política nas aldeias tiveram forte integração com a religião, já que o governante era divinizado.

O interessante nisso tudo foi o aumento da produção agrícola com o consequente aumento populacional. A agricultura de subsistência foi consolidando pelas manifestações do ser humano.

Com as ações do homem ligadas à posse da terra, aos poucos, foram surgindo legislações para regulamentar os relacionamentos sociais vindas dessas transformações.


Enquanto a relação de produção e a propriedade eram coletivas e o homem entendia que as terras eram dos deuses, havia um Estado forte integrando religião e política que controlavam o comportamento do homem. Com a transformação da propriedade coletiva em propriedade particular, foram surgindo novas relações sociais e políticas, que passaram a ser controladas por uma legislação que atendia aos interesses dos donos das terras, como por exemplo, o Código de Hamurábi, na Mesopotâmia e também o Deuteronômio dos hebreus, quando legitimaram a propriedade particular.

Disso tudo, o homem primitivo, para sua sobrevivência, desenvolveu o raciocínio para a agricultura, organizou-se em aldeias e teve uma religião na qual as forças da natureza eram adoradas como deuses. Foi o primeiro passo do homem numa sociedade civilizada e organizada pela evolução do trabalho.
As discussões sociológicas sob pontos de vista marxistas evoluem no sentido de buscar esclarecer as relações sociais de trabalho, abstraindo as claras maneiras de produzir. O trabalho abstrato não está compreendido na materialidade, já que sua forma é puramente uma construção social do processo econômico capitalista.


Beto Mansur é Advogado pela UEM – PR, Qualificação Empretec pela ONU/Sebrae; gestor do site www.livrariamansur.com.br; autor da obra Tomada de Decisão: Planejamento Estratégico e Financeiro; professor do MBA da Universidade de Cascavel – PR; de Direito Empresarial do Instituto de Ensino Superior de Londrina; do MBA do Instituto Dimensão de Maringá - PR; articulista da Revista da Cidade, de Arapongas – PR; Especialista em Empreendedorismo pela Universidade Norte do PR; professor de Sociologia em Cursos Pré-vestibulares e palestrante de Empreendedorismo. ([email protected])


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