Uma semana depois da aprovação do projeto de lei que permite o sepultamento de animais domésticos em cemitérios de Apucarana, a CML (Câmara Municipal de Londrina) recebeu uma proposta semelhante. A vereadora Daniele Ziober (PP) assina um PL que visa autorizar o londrinense a enterrar seus pets nos cemitérios públicos da cidade.
A FOLHA teve acesso à primeira versão do PL - ainda sem número - que em breve deve começar a tramitar no Legislativo. Pela proposta, poderão ser sepultados cães e gatos nas gavetas e jazigos das famílias. As normativas deverão ser estabelecidas pela Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina).
De acordo com o texto, todas as despesas do sepultamento ficarão a cargo da família do concessionário da gaveta ou do jazigo. E os cemitérios particulares poderão estabelecer normativas próprias para o enterro dos animais.
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A justificativa do projeto assinado por Ziober é semelhante à do PL de Apucarana, ressaltando que, hoje, muitos pets são considerados membros das famílias e que, quando ocorre o falecimento do animal, “há dificuldades para se dar o encaminhamento respeitoso que ele merece”.
A vereadora explica que nesta quinta-feira (4) o projeto ainda estava passando por revisões na Câmara, última etapa antes de efetivamente ser protocolado na CML. A proposta não é inédita e, além de Apucarana, já foi tema de projetos em Campinas (SP) e Indaiatuba (SP), sempre com o intuito de dar autorização aos moradores.
“A gente sabe que as pessoas emocionalmente hoje têm um grande vínculo com os seus animais, muitos os tratam até como filhos”, justifica a parlamentar em entrevista exclusiva à FOLHA.
Outro argumento para a defesa do texto são as altas taxas cobradas pelos poucos cemitérios e crematórios destinados a animais domésticos, o que inviabiliza o acesso desse serviço para a maioria da população.
“A propositura deste projeto de lei vai ao encontro da necessidade de criação de meios que possibilitem à sociedade, cada vez mais, compreender a importância que os pets têm na vida das pessoas que com eles convivem”, acrescenta a justificativa.
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