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Barulho de fogos de artifício deixa pets estressados e atordoados

20 dez 2019 às 09:32

Com a proximidade das festas de final de ano, o tutor de cães ou gatos precisa se preocupar não somente com a alimentação, mas também com os cuidados do ambiente, para que a época, considerada uma das mais alegres do ano, não se transforme em momentos de estresse, tanto para ele quanto para o animal que, cada vez mais inserido nas famílias, acaba participando das comemorações.

Do cardápio que é servido na ceia não se deve oferecer nada para o animal. Além de não ser própria para eles, estes alimentos estão carregados muitas vezes de gordura e outras substâncias que podem causar distúrbios digestivos graves nos pets. "Bebidas alcoólicas são extremamente nocivas para os animais e o consumo pode ser fatal", salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.


Em relação ao barulho dos fogos de artifícios, para os pets, o ideal seria não acontecer. Algumas cidades já possuem leis proibindo o uso de fogos de artifício com barulho. Na capital paulista, uma lei chegou a ser aprovada na Câmara Municipal, em 2018, porém foi suspensa pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no início deste ano. Entretanto, muitos municípios brasileiros, provando que o grau de civilidade de um povo está diretamente relacionado com a forma que tratam seus animais, permitem somente a utilização dos fogos luminosos e silenciosos, ou seja, sem estampidos em respeito aos animais, crianças e idosos.


"Por possuírem ouvidos sensíveis e potentes, o barulho dos fogos de artifícios deixa os animais estressados e atordoados. O ser humano ouve no intervalo entre 16 e 20.000 Hertz, já o cão ouve de 10 a 40.000 Hertz. A capacidade auditiva de um cão é quase quatro vezes maior", relata Vininha.


Para amenizar o sofrimento dos animais em ambientes de muito barulho, a editora separou algumas dicas:


• Não se deve deixar os cães acorrentados, pois ao ouvirem os fogos de artifícios eles entram em pânico e podem acabar se sufocando. Mantenha o local seguro e livre de objetos que possam machucá-lo;


• Nas residências que possuem piscinas é necessário cobri-la para evitar que animais assustados caiam e se afoguem nela. Mesmo sabendo nadar, se o nível da água estiver baixo, eles não conseguirão sair sozinhos;


• Portas e janelas precisam ficar trancadas para evitar fugas e atropelamentos;


• É importante manter os cães com comportamentos mais agressivos separados, pois, com o barulho ruidoso, eles podem se assustar e brigar entre si;


• A ração deve ser oferecida num período bem distante do momento da queima dos fogos de artifícios. Com muito alimento no estômago, o animal pode ter problemas de digestão e até uma torção gástrica, caso entre em pânico;


• Se o animal é do tipo que fica muito descontrolado, até com taquicardia, deve-se pedir ao veterinário de confiança a indicação de ansiolíticos.

"No momento dos fogos de artifícios, para os animais que ficam dentro de casa é aconselhável manter o local bem adequado, com um som alto vindo da televisão ou de música ambiente. O tutor deve agir naturalmente e com tranquilidade. Caso o animal queira se esconder, deve-se permitir, sem forçá-lo a ficar no colo. Colocar algodão nos ouvidos para abafar o som é uma alternativa, lembrando que é preciso retirá-los depois", conclui a editora Vininha.


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