Corpo & Mente

Câncer infantojuvenil atinge mais de 12 mil crianças e adolescentes

09 out 2019 às 08:28

Neste sábado, 12 de outubro, é comemorado o Dia das Crianças e a Sobope (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica) dá destaque aos pequenos que estão em tratamento do câncer. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), são cerca de 12.500 pessoas, entre um e 19 anos, acometidas por tumores como linfoma, leucemia e neuroblastoma, anualmente.

De acordo com o presidente da Sobope, Claudio Galvão, "o tratamento do câncer infantil requer uma estrutura física, com UTI (Unidade de Terapia Intensiva), pronto-socorro, laboratórios, radiologia, e equipe multidisciplinar treinada, bem como apoio de outras especialidades médicas”. Além disso, o médico ressalta que o essencial é realizar o diagnóstico o mais rápido possível.


Isso porque, apesar da taxa de cura do câncer infantojuvenil ser alta, o diagnóstico ainda é feito de forma tardia, o que dificulta o tratamento. "Se tratando de crianças, falamos muito de reconhecer a doença e fazer o diagnóstico precocemente, para que o tratamento se inicie mais rápido”, afirma o especialista.


Mas o que é o câncer infantojuvenil? Segundo Inca, o câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de doenças que tem em comum a proliferação descontrolada de células anormais. Nas crianças, o câncer geralmente afeta as células sanguíneas e os tecidos de sustentação. Por isso, o Inca aponta que os tipos mais comuns de câncer em crianças e adolescentes são: leucemias, os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas.


A instituição aponta que, no Brasil, o câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte por doenças em pessoas de um a 19 anos. Entretanto, há uma boa notícia: o Inca aponta que tumores em crianças e adolescentes são, predominantemente, de origem embrionária e, por isso, respondem melhor aos tratamentos, o que gera grandes chances de cura.


Atualmente, cerca de 80% das crianças e dos adolescentes com câncer podem ser curadas da doença. No entanto, o sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce e da qualidade dos serviços prestados, já que o atendimento deve ser especializado.


Para que o diagnóstico seja realizado de forma precoce, os pais ou responsáveis devem ficar atentos a possíveis sintomas nas crianças e nos adolescentes, tais como:


• Em casos de leucemia, a criança se torna mais sujeita a infecções, além de ficar pálida, sentir dores nos ósseos e ter hemorragias;


• Em casos de retinoblastoma, os pais devem ficar atentos ao chamado "reflexo do olho do gato", que consiste no embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Além disso, a doença pode gerar estrabismo (olhar vesgo) e fotofobia (sensibilidade à luz). Geralmente, esse tipo de câncer afeta crianças com menos de três anos e a pesquisa do reflexo deve ser feita desde o nascimento;

• Tumores do sistema nervoso central podem ter como sintomas dores de cabeça, alterações motoras e vômitos.


Continue lendo