Corpo & Mente

Cirurgia bariátrica é muito segura quando os riscos são minimizados

13 mar 2017 às 15:19

Após a morte de Pedro Paulo Domingues após passar por uma cirurgia bariátrica, ex-participante do reality show Além Do Peso, da emissora Record TV, acendeu um sinal de alerta sobre o procedimento. Ainda não foram divulgadas as causas que levaram Pedro a óbito, mas muita gente passou a questionar a cirurgia que devolve qualidade de vida e saúde a milhares de brasileiros. O médico Cid Pitombo faz uma série de alertas sobre como minimizar o aparecimento de complicações.

"A cirurgia bariátrica é muito segura, principalmente quando há um pré-operatório bem feito e as eventuais doenças de base que o paciente tenha estejam estabilizadas", afirma dr. Cid Pitombo.


O risco de morrer de um procedimento bariátrico varia entre 0,2 e 0,5%. É muito baixo, mas o especialista destaca o que precisa ser observado:


Avaliação cardiopulmonar: precisa ser rigorosa, muito bem feita
Para evitar trombose: verificar doença vascular sobretudo dos membros inferiores
Diabetes: controle máximo da glicemia
Psicológico: paciente precisa estar preparado para as restrições da dieta pós-operatória
Mobilidade: avaliar em que estado o paciente encontra-se


"O segredo do sucesso é a boa estrutura oferecida, o doente estar bem avaliado e a equipe cirúrgica estar bem preparada para o procedimento. Se esta lista for seguida não há problema na cirurgia de alta complexidade. Por isso que a gente trabalha no SUS com uma equipe multidisciplinar, que avalia todas as questões clínicas e emocionais do paciente. Não é raro recomendarmos uma dieta antes da cirurgia, para chegar aos melhores níveis para a operação. Por isso que nosso é resultado é tão positivo", destaca o cirurgião Cid Pitombo.


Quem pode operar
Paciente que tiver Índice de Massa Corpórea dentro do indicado, maior que 40kg/m² ou maior que 35kg/m², quando associado a fatores de comorbidade, como hipertensão e diabetes, entre outros), que preencham os pré-requisitos do Ministério da Saúde e não tiverem doenças graves associadas são avaliados, preparados e operados. A equipe do médico Cid Pitombo também acompanha todo o pós-operatório especializado, com orientações de nutricionista, psicólogo e avaliação periódica pelo cirurgião.

"A gente opera uma população de muito baixa renda que tem uma dificuldade enorme de lidar com o problema da obesidade, desenvolvem uma diversidade de doenças e não conseguem emprego. A partir do momento que eles são operados, eles voltam pra vida. ", disse o médico.


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