Corpo & Mente

Conheça os sintomas e os impactos da dermatite atópica

02 jan 2020 às 11:19

A dermatite atópica é uma doença causada pela inflamação tipo 2, um processo inflamatório excessivo do sistema imunológico que, nesse caso, leva sintomas frequentemente aparentes como lesões na pele, coceira, rachaduras e vermelhidão.

Tais sinais podem acabar isolando adultos e adolescentes diagnosticados do convívio social. Por isso, estimula-se a discussão sobre o tema, com o objetivo de divulgar informações e também encorajar os diagnosticados a enfrentar os preconceitos relacionados com a doença.


A doença é hereditária e pode atingir crianças, adolescentes e adultos. Sua causa ainda é desconhecida, mas estudos científicos recentes revelaram que pacientes com DA têm maior quantidade das interleucinas 4 e 13 (IL 4 e IL 13), duas proteínas responsáveis por iniciar o processo inflamatório que ocorre nas camadas mais profundas da pele. Dessa maneira, reduz-se a função da barreira cutânea que, uma vez prejudicada, permite que antígenos e alérgenos, substâncias que existem no meio ambiente e que podem induzir uma reação alérgica, entrem em contato mais facilmente com o organismo de um paciente com DA.


Impactos físicos e emocionais - A doença apresenta graus que variam entre leve, moderado e grave. Os casos moderados e graves são os menos comuns, mas os que causam maior impacto físico e emocional para os pacientes. Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto Ipsos com 199 pacientes com dermatite atópica moderada a grave em 11 cidades brasileiras revelou que estes faltam no trabalho cerca de 21 dias por ano devido aos sintomas da doença, contabilizando um mês de trabalho.


De acordo com o levantamento, 35% dos pacientes com dermatite atópica já sofreram algum tipo de preconceito. A discriminação ocorre em ambientes variados, como no transporte coletivo (49%), no local de trabalho (44%) e em escolas ou faculdades (34%). Além disso, 1 em cada 10 entrevistados já perderam a vontade de viver em decorrência da doença. O mesmo número já recorreu a alguma dependência para lidar com a doença, sendo as fugas mais citadas pelos entrevistados o fumo (56%) e a bebida alcoólica (25%).


Custos diretos e indiretos - Segundo a pesquisa, feita a pedido da Sanofi em parceria com a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) e com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), 6% dos pacientes com dermatite atópica moderada a grave já precisaram ser internados por conta da doença. As internações levam, em média, 9 dias e em 33% dos casos o motivo da internação é a presença de quadro infeccioso. No caso das internações, 50% dos casos foram pagos por convênio médico dos pacientes. Já as internações pelo SUS representaram 42% dos casos, enquanto o índice de internações particulares foi de 8%.


Adolescentes também podem ser afetados - A associação de uma doença crônica com os já encontrados desafios da transição da adolescência para a vida adulta pode estabelecer nos adolescentes sensações de fracasso, raiva, perda da autoestima, privação de se relacionar com outras pessoas e medo. As consequências de tudo isso atingem não somente o jovem, mas todo o grupo familiar, trazendo problemas relevantes e implicações em longo prazo.


Adolescentes entre 14 a 17 anos perdem em média 26 dias escolares por conta da dermatite atópica. Quadros de depressão estão presentes em mais da metade (52%) dos adolescentes com DA e 39% deles relatam ter sido vítimas de bullying por causa da doença em algum momento da vida. Durante as crises, 50% dos adolescentes com dermatite atópica se preocupam sobre serem vistos público e 36% dizem que têm sua autoconfiança abalada.


Tratamento - Desde abril, pacientes adultos com dermatite atópica moderada a grave tem uma nova opção de tratamento. Dupixent®, o primeiro da classe de biológicos para a dermatite atópica, é indicado quando a doença não é adequadamente controlada com tratamentos tópicos ou quando estes não são aconselhados.

Recentemente, Dupixent® recebeu a aprovação também para adolescentes entre 12 e 17 anos. "Foi mais um passo para a melhora da qualidade de vida desses pacientes que sofrem com doenças inflamatórias graves como a dermatite atópica”, comenta Suely Goldflus, Diretora Médica responsável pela área de Imunologia da Sanofi.


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