Corpo & Mente

Médicos alertam para procedimentos estéticos feitos por profissionais não habilitados

25 set 2019 às 10:05

A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), com o apoio do CFM (Conselho Federal de Medicina), divulgou um importante alerta à população em defesa da vida, da saúde e do bem-estar. O motivo do comunicado público é a preocupação com a proliferação alarmante da oferta de tratamentos e procedimentos dermatológicos cosmiátricos e invasivos por profissionais não médicos. Clique aqui para conferir a nota da SBD na íntegra.

Segundo a instituição, esse processo tem gerado insegurança com a percepção de aumento de relatos de dermatologistas sobre atendimentos a pacientes com complicações oriundas de atos realizados por profissionais não habilitados. "Nesse sentido, para que sejam reduzidas as chances de efeitos adversos, é importante que os procedimentos sejam realizados por médicos, em especial os dermatologistas, que têm conhecimento sobre anatomia, fisiologia e pele, e estão preparados para agir em situações de urgência e emergência”, destacou Alessandra Romiti, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da entidade.


Cosmiatria - Taciana Dal’Forno Dini, coordenadora do Departamento de Laser e Tecnologias da entidade, apontou que os procedimentos da cosmiatria não são isentos de riscos e podem causar complicações. Dentre os efeitos adversos possível estão: intoxicações anestésicas, anafilaxia, alergias, manchas, infecções, cicatrizes permanentes, hematomas, cegueira irreversível e acidente vascular cerebral, com risco de morte. É o que tem ocorrido com inúmeros pacientes que têm denunciado os riscos do atendimento feito por profissionais não médicos.


Para evitar exposição a estes problemas, a SBD recomenda à população que a indicação e a realização de procedimentos dermatológicos ou cosmiátricos invasivos sejam conduzidas apenas por um médico, de preferência dermatologista ou cirurgião plástico com título de especialista reconhecido e registrado junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina).


Para elucidar os riscos da realização dos procedimentos com pessoas não habilitadas, a SBD publicou uma matéria em que conta o drama que o jovem passa desde que fez harmonização facial com uma dentista. Clique aqui para conferir o depoimento da paciente.


Conhecimentos - Além disso, entre outros pontos, a Sociedade lembra que qualquer procedimento dermatológico ou cosmiátrico invasivo exige a aplicação indispensável de conhecimentos médicos, sobretudo em razão dos riscos e danos (muitas vezes irreparáveis) que lhe são inerentes. "As complicações decorrentes destes procedimentos devem ser avaliadas por médicos, o mais precocemente possível, tanto para o correto diagnóstico e manejo, quanto para a prevenção de sequelas permanentes ou até mesmo da morte”, ressaltou Egon Daxbacher, diretor da SBD.

"No Brasil, como Estado Democrático de Direito, a obediência ao que está previsto em leis, como a do Ato Médico (nº 12.842/2013), é uma regra que deve ser seguida por todos, pois o desrespeito às normas legais pode gerar um contexto de insegurança, colocando patrimônios, princípios e até a vida e a saúde em risco”, concluiu.


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