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Testes, profilaxias e tratamento: como prevenir o HIV

Isabela Fleischmann/Redação Bonde
29 nov 2017 às 17:40
- Shutterstock
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Os preservativos não são a única opção para prevenção contra o HIV. Existem também a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e o próprio tratamento com antirretrovirais, como atesta a premissa do Indetectável = Intransmissível (I = I). Nos próximos dias, o Ministério da Saúde também começará a implantar a Profilaxia Pré-Exposição (Prep). Conhecer e combinar essas opções na hora do sexo potencializa todas elas.

Em Londrina, os testes rápidos, a PEP e o tratamento são oferecidos gratuitamente no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fica na Alameda Manoel Ribas, número 1, centro; e também no Hospital da Zona Norte, na Rua Odilon Braga, 199. Nas farmácias e drogarias, é possível comprar o autoteste de HIV.

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Confira abaixo algumas explicações a respeito dos testes, das profilaxias e do tratamento.

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PEP
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) consiste no uso do antirretroviral por 28 dias após a suposta exposição ao HIV, para evitar a infecção. O medicamento é recomendado para situações de violência sexual, relações sexuais desprotegidas e acidentes com instrumentos perfurocortantes.
De acordo com o médico infectologista Jan Walter Stegmann, a PEP deve começar a ser administrada até 72h após a situação de risco. Os pacientes devem realizar testes de sorologia 30 e 90 dias após o início do tratamento, a fim de confirmar que não houve infecção. Confira explicação do médico no áudio abaixo.

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Prep
A Profilaxia Pré-Exposição (Prep) é a nova medida preventiva adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, voltado para soronegativos, consiste no comprimido diário de um medicamento que combina tenofovir e entricitabina. Primeiramente, esse remédio será destinado a soronegativos que estão mais expostos, de modo geral, ao HIV, como profissionais da saúde e do sexo.


De acordo com o Ministério da Saúde, a implantação da Prep ocorrerá neste mês, de forma gradual, em 22 cidades: Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Passos (MG), Recife (PE), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Duque de Caxias (RJ), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ribeirão Preto (SP), São José Rio Preto (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Piracicaba (SP).

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Diagnóstico
Normalmente, o diagnóstico do HIV é feito por meio da coleta de sangue. Existem os exames laboratoriais, os testes rápidos e os autotestes. Ambos costumam detectar tanto anticorpos como partículas do vírus.


A recomendação geral é de que a pessoa aguarde 30 dias após a suposta exposição ao vírus para realizar o exame. Esse tempo é chamado de janela imonológica, período que o organismo leva para produzir anticorpos contra o HIV. Se fizer o teste dentro da janela, o resultado pode ser um falso-negativo.

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Fazer o teste de HIV a cada seis meses é uma forma de prevenção. Caso o primeiro exame dê positivo, é necessário fazer um reteste, para ter certeza. Neste caso, o tratamento deve ser iniciado rapidamente, para bloquear a multiplicação do vírus e alcançar a carga viral indetectável.


Paulo (nome fictício), 22, é soronegativo, e sua mãe é soropositiva. Desde cedo, ele compreendeu que a reação da sociedade ao HIV é estigmatizada. Ele ressaltou a importância de fazer os exames. "O problema do HIV não é quem tem o vírus, porque quem sabe está se cuidando. O problema é quem tem e não sabe."

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Tratamento
O tratamento com antirretrovirais também é uma forma de prevenção. Como atesta a campanha I = I, os medicamentos fazem com que o soropositivo alcance a carga viral indetectável, impedindo, por consequência, novas transmissões do HIV por meio do sexo.


Para o ativista Gabriel Estrela, o tratamento como prevenção é uma possibilidade para as pessoas que preferem não usar o preservativo ou que não podem usá-lo devido, por exemplo, a alergias.

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"Não é a todos que se faz possível a compra dos preservativos hipoalergênicos, que podem parecer baratos à unidade, mas que, dependendo do contexto e de quão ativa é a vida sexual da pessoa, podem se tornar um custo alto em um orçamento já apertado", comentou, por e-mail.


Além disso, o tratamento como prevenção possibilita que casais sorodiferentes tenham filhos de maneira natural. "Não é simplesmente tirar o preservativo da relação, como muitos casais fazem independentemente da sorologia. É preciso conversar sobre isso, entender os riscos envolvidos, as alternativas, o estado de saúde de cada um fazendo testes tanto para HIV quanto outras ISTs [infecções sexualmente transmissíveis]".

Gabriel argumentou que, antes de utilizar somente o tratamento como prevenção, os casais devem ter um diálogo muito franco. "Talvez justamente essa franqueza nos assuste - perceber que o sexo não é simplesmente algo instintivo, animalesco, uma busca por prazer. É também conexão, é conversa, e impacta a nossa vida em vários aspectos. Deve ser visto por uma perspectiva holística, para além do ato sexual em si."


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