O estudo tem como objetivo monitorar a disseminação do coronavírus no país e avaliar o impacto da pandemia sobre a população brasileira, e é uma continuidade da pesquisa Epicovid-19, realizada em 2020 e 2021.
Financiada pelo Ministério da Saúde, a iniciativa é coordenada pelo UFPel (Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas).
A coleta de dados é feita por meio de visitas domiciliares e da aplicação de questionários realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada para executar essa etapa da pesquisa.
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Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a UCPel (Universidade Católica de Pelotas), a UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a FVG (Fundação Getúlio Vargas).
O trabalho foi iniciado na segunda-feira (11), e serão entrevistadas em Londrina 250 pessoas que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, entre 2020 e 2021.
Durante as visitas, as equipes de entrevistadores aplicam um questionário que aborda questões relacionadas aos sintomas de longa duração. Entre os temas enfocados, estão a vacinação e hesitação vacinal, doenças e agravos não-transmissíveis, doenças infecciosas, saúde mental, perda de emprego, impactos financeiros e educacionais e luto pela perda de familiares e amigos.
Ao todo, no Brasil, serão entrevistadas 33.250 pessoas. De acordo com o epidemiologista da UFPel, Pedro Hallal, idealizador e líder da Epicovid, a expectativa é que o período de coleta de dados dure entre 15 e 20 dias.
“O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da Covid-19 na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.
A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, Cláudia Monteiro, enfatiza a importância da participação da população na pesquisa.
“Apesar de não ser obrigatória, a participação da população é muito importante para a gente entender a repercussão dessa doença na comunidade e termos conhecimento para desenvolver políticas públicas eficazes no futuro. Lembrando que os entrevistadores devem estar identificados e uniformizados, e eles vão oferecer um termo de consentimento para participação nessa pesquisa”, disse.
Com base nos resultados da Epicovid 2.0, o objetivo é que o Ministério da Saúde tenha condições de qualificar e ampliar os serviços especializados demandados por conta dos efeitos da chamada Covid longa.
A análise completa dos dados também irá embasar artigos científicos que auxiliem a compreender o impacto da Covid-19 no Brasil.
A escolha das cidades participantes se deu por serem os maiores municípios das divisões demográficas do país, de acordo com critérios do IBGE. Junto a Londrina nessa pesquisa, estão outras cinco cidades do estado do Paraná: a capital Curitiba, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava.