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Parceria

Brasil articula transferência de biotecnologia israelense

Agência Saúde
03 mai 2013 às 16:23

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A expansão de parcerias no campo dos medicamentos, insumos, vacinas e a inovação tecnológica pontuaram em Tel Aviv, na última quinta-feira (2), as atividades da comitiva do Ministério da Saúde que está em Israel para expandir a cooperação econômica com o Brasil. Israel é hoje considerado o país com o maior volume per capita aplicado em desenvolvimento e inovação, e referência no desenvolvimento de medicamentos biológicos. Para discutir o assunto, o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, reuniu-se com o ministro da Economia, Naftali Bennett, e com a ministra da Saúde de Israel, Yael German.

O mercado de quase 200 milhões de brasileiros é o chamariz para novas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) no país. É por intermédio delas que o Ministério da Saúde vem adquirindo mais medicamentos a custo reduzido e, ao mesmo tempo, obtém a transferência de tecnologia internacional para laboratórios do Brasil. Hoje há 64 parcerias já constituídas e envolvendo laboratórios públicos e privados. Juntas, elas representarão por ano uma economia de R$ 2,8 bilhões aos cofres públicos na compra dos produtos.

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"As empresas israelenses ainda não enxergaram o Brasil como mercado alvo, têm mantido cooperação normalmente com Europa Ocidental, Estados Unidos. Queremos transferir o peso dos mercados tradicionais para Brasil, China e Índia", afirmou o ministro da Economia de Israel, ao conhecer os resultados da ação brasileira na área de medicamentos. As PDPs hoje existentes hoje englobam no Brasil a produção nacional de 61 medicamentos e de seis equipamentos.

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Segundo o ministro da Saúde do Brasil, o foco agora são os medicamentos biológicos, especialmente os de aplicação contra doenças crônicas. Padilha participou ontem de visita técnica à fábrica da Protalix, empresa israelense atraída pelo Ministério da Saúde para transferir uma plataforma biotecnológica de base vegetal (expressão DNA recombinante em células de cenoura e tabaco). Com essa empresa, foi estabelecida PDP com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para fabricação de tratamento para a doença de Gaucher e outras doenças raras. A Fiocruz investirá R$ 170 milhões em uma planta fabril no Ceará para a produção do medicamento no Brasil. A tecnologia do país do Oriente Médio ganha em competividade pelo baixo-custo dos processos produtivos, alto rendimento e risco zero de contaminação viral.


"Os medicamentos biológicos representam hoje 4% do que o Ministério da Saúde compra, mas ao mesmo tempo 40% do orçamento do ministério para compra de medicamentos. São produtos extremamente caros", ponderou Padilha. "Então, a ideia é de aproveitar a janela de vencimento próximo de patentes de medicamentos para colocar no Brasil uma alternativa como essa, que garante acesso a produtos de alta tecnologia com menores custos".

A previsão é de que no segundo semestre o medicamento já esteja disponível para os pacientes brasileiros no âmbito da parceria. A economia para os cofres públicos, somente nesta PDP, é de mais de R$ 50 milhões por ano.


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