O Brasil reduziu de 73.673 para 70.601 o número de casos novos de tuberculose entre 2008 e 2010. Com a redução, o número de pacientes por 100 mil habitantes baixou de 38,82 para 37,99. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 24, em Brasília, pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, por causa do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.
Apesar dos dados serem positivos, a tuberculose é um dos principais problemas de saúde pública do Brasil. A tuberculose é a terceira causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com aids.
De acordo com os dados de 2010, as maiores incidências estão nos estados do Rio de Janeiro (71,8 por 100 mil habitantes), Amazonas (69,2/100 mil), Pernambuco (47,5/100 mil), Pará (46,2/100 mil) e Rio Grande do Sul (45,3/100 mil). As menores taxas de incidência do país foram registradas no Distrito Federal (11,7/100 mil), Tocantins (13,6/100 mil) e Goiás (14,6/100 mil).
Leia mais:
Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM
Saiba quais doenças dão direito à isenção do Imposto de Renda
Centro de Doenças Infecciosas amplia atendimento para testes rápidos de HIV em Londrina
Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná
Entre as capitais, as maiores incidências são registradas em Porto Alegre (111,3/100 mil), Recife (97,2/100 mil), Belém (95,1/100 mil), Rio de Janeiro (93,4/100 mil) e Manaus (93,2/100 mil).
Desde o final de 2009 o Brasil adota um novo esquema terapêutico para tratar a doença. Antes, o tratamento era feito com três drogas e o paciente era obrigado a tomar até nove comprimidos diferentes por dia. Nesse período, 9,4% dos doentes abandonavam o tratamento. Com o novo esquema, os pacientes ingerem entre 2 e 4 comprimidos por dia. A expectativa é que a taxa de abandono seja reduzida para menos de 5% (parâmetro usado pela OMS) até 2015.
Doença. A tuberculose é uma doença causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), que afeta vários órgãos do corpo, principalmente os pulmões. Ela é transmitida pelo ar, quando o paciente tosse ou espirra. Os principais sintomas são tosse prolongada (por mais de três semanas) com ou sem catarro, cansaço, emagrecimento, febre (noturna) e suor noturno.