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Mais proteínas

Cientistas criam tomate azul com fins medicinais

Heloísa Prado - Bonde
27 out 2006 às 17:19
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Cientistas espanhóis criaram um novo tomate geneticamente modificado, de cor azul, que tem uma série de proteínas que não podem ser encontradas no tomate comum e poderia ser usado com fins terapêuticos. A cor incomum do tomate foi desenvolvida pelos cientistas para que fosse possível distingui-lo de um tomate normal.

O projeto do novo tomate é de estudiosos do Instituto de Biología Molecular y Celular de Plantas (IBMCP), de Valença, na Espanha. "Nosso objetivo era o de aperfeiçoar as qualidades do tomate", disse Antonio Granell, coordenador da pesquisa.

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"Mas também queríamos fazer com que ele se transformasse em uma 'biofábrica', ou seja, fazer com que as suas células trabalhassem de acordo com nosso interesse", afirmou o pesquisador.

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Terapia "passiva" - A idéia do projeto foi fazer com que os tomates azuis produzissem proteínas diferentes das que têm os tomates convencionais. Essas proteínas foram escolhidas para combater determinadas doenças.

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Granell explica que a ingestão do tomate funcionaria como uma terapia oral "passiva", protegendo, por exemplo, a mucosa do aparelho digestivo e, assim, evitando diarréias causadas por determinadas doenças.


Os cientistas do IBMCP já criaram variedades transgênicas de tabaco, arroz, pepino, melancia e várias plantas ornamentais, mas escolheram o tomate como "fábrica biológica" porque é um fruto é capaz de produzir grande quantidade de biomassa, além de ser difundido na dieta ocidental e rico em vitaminas e outros nutrientes.

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"Como o tomate é normalmente ingerido cru, não se perdem as propriedades das proteínas que ele contém", diz Granell. "O fato de se comer o tomate também desidratado dá a opção de se controlar a concentração da proteína como se fosse a da dose de um remédio", conta.


Antioxidantes - A cor azul do tomate vem do acúmulo de compostos naturais e antioxidantes que já se encontram no tomate comum – só que em outras partes.


Contudo, os pesquisadores afirmam que os tomates azuis ainda devem passar por muitos estudos antes de serem liberados para consumo público.

Até agora, a criação dos tomates azuis no laboratório tem ajudado os cientistas a entender melhor qual é a função de cada gene na formação de um fruto de qualidade. "Já conseguimos fazer com que as proteínas que queríamos fossem agregadas à planta, mas agora temos de ver como fazer para que elas sejam eficazes contra possíveis agentes infecciosos", diz Granell, adicionando que isso pode levar vários anos. (BBC Brasil)


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