O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou, na manhã deste sábado (23), que nunca recebeu qualquer denúncia de irregularidades na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. A médica Virginia Helena Soares de Souza, detida na última terça-feira (19), é acusada de antecipar a morte de pacientes. Na noite de ontem, a Justiça determinou a prisão de mais
quatro funcionários, sob a mesma acusação.
Em nota enviada à imprensa, o órgão disse que não foi cientificado e nem teve acesso às investigações pelas autoridades competentes. "Esta Casa já instou o departamento de Polícia e aguarda a entrega dos autos com a finalidade de instruir sindicância, já aberta, visto tratar-se de um caso que tramita em segredo de justiça", diz trecho do document, assinado pelo presidente do CRM-PR, Alexandre Gustavo Bley.
No final da tarde deste sábado (23), o Ministério Público também enviou nota à imprensa afirmando que "as investigações que têm sido noticiadas pelos meios de comunicação, por certo, não afetam a qualidade técnica dos serviços prestados no HUEC, em quaisquer de seus setores, podendo a população a eles ter acesso normalmente, ressaltando que os médicos, enfermeiros e demais profissionais que atuam no Hospital cumprem com dedicação seus deveres de assistência aos pacientes, como em qualquer instituição de saúde."
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Confira trechos da nota do CRM:
"Até onde temos ciência, trata-se de um caso específico e isolado. Assim, o CRM-PR manifesta:
1) A confiança no corpo clínico da instituição, que durante décadas luta pelo bem-estar de toda a sociedade paranaense.
2) A necessidade de se preservar a história do Hospital Evangélico, que é referência em diversas áreas, sendo fundamental sua participação especialmente no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde de nosso Estado.
3) A atitude ética da classe médica, que em suas ações diárias reafirma o compromisso com a vida."
(Atualizada às 18h57)