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Avanço da DST

Epidêmica no Brasil, casos de sífilis saltam também em Londrina

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
20 jun 2017 às 20:53
- Fotos Públicas/Kassio Pereira/Sesa
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Doença sexualmente transmissível, mas com prevenção, diagnóstico e tratamento fáceis e baratos, a sífilis avançou entre os brasileiros, e também entre os londrinenses, nos últimos anos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, as notificações da DST adquirida, congênita ou em gestantes chegaram a 170 nos cinco primeiros meses deste ano, contra 102 no mesmo período em 2013 – um avanço de 66,7%.

A secretaria ainda informa que, dentre todas as notificações deste ano, 67,6% são de jovens adultos (entre 18 e 39 aos) e 54%, do sexo masculino. Para o ginecologista e obstetra do Hospital Evangélico de Londrina e da Santa Casa de Cambé Jad Kaue Domene, o avanço pode indicar uma epidemia no município – em âmbito nacional, já é reconhecida a epidemia, pelo menos, desde outubro passado.

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Os números de Londrina seguem o que ocorre em âmbito nacional. Um boletim epidemiológico divulgado em outubro passado, no lançamento da campanha nacional de combate à DST, mostra que as notificações de sífilis adquirida (contraída no ato sexual desprotegido) cresceram 32,7% entre 2014 e 2015; a sífilis em gestantes, 20,9%; e a sífilis congênita, 19%.

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O que provoca – ou permite – o avanço de notificações é uma ralidade multifacetada. A Secretaria Municipal de Saúde atribui, "em parte, ao aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica, à ampliação da distribuição de testes rápidos e à maior sensibilização das equipes de saúde, na busca de casos suspeitos de sífilis, principalmente em gestantes". A pasta salienta também "as mudanças ocorridas no comportamento sexual da população em geral, com o início cada vez mais precoce das atividades sexuais, e também à prática da atividade sexual sem a proteção adequada".


O urologista José Renato Monteiro Fabretti vê esse crescimento como resultado da "ressaca" após os novos remédios contra o HIV, além de falta de investimentos em campanhas contra DSTs nos últimos 15 anos. "A população acha que não tem nada e começa a fazer sexo sem proteção", avalia. Visão parecida tem Jad Kaue Domene, que ainda adiciona a falta de educação e o pouco acesso à saúde oferecido à maioria da população."É um contágio sexual e, se a pessoa não tem o diagnóstico, vai replicar para outros."

A preocupação com a doença é tanta que, em março deste ano, o presidente Michel Temer sancionou a lei que cria o Dia Naconal de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita – a lei estipula que todo terceiro sábado do mês de outubro será destinado a ressaltar a importância do diagnóstico e tratamento adequados, especialmente na gestante durante o pré-natal. A preocupação maior é com a gravidade dos casos em gestantes, que podem passar a bactéria Treponema pallidum para os fetos, matando-os ou trazendo sequelas permanentes.


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