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Suspeitas de corrupção

Ministério da Saúde suspende pagamentos a empresa investigada na Lava Jato

Agência Brasil
11 abr 2015 às 10:02

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O Ministério da Saúde informou que suspendeu na sexta-feira (10) os pagamentos à agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada em processo de licitação em 2010. A empresa é investigada na Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), por suspeita de ter feito pagamento de propina ao deputado cassado André Vargas (sem partido-PR).

A pasta informou, por meio de nota, que, além da suspensão "imediata" dos pagamentos à Borghi/Lowe, não vai autorizar novas ordens de serviço para a empresa. Além disso, criará uma comissão de sindicância administrativa para avaliar a regularidade da execução do contrato com a empresa. A portaria que cria a comissão foi encaminhada ao Diário Oficial da União.

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De acordo com o despacho do juiz federal 13ª Vara Federal de Curitiba Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava Jato, a agência Borghi Lowe Propaganda e Marketing Ltda. contratou as empresas E-noise, Luis Portela, Conspiração, Sagaz e Zulu Filmes para serviços de publicidade para a Caixa Econômica Federal e para o Ministério da Saúde e os orientou a fazer pagamento de comissões de bônus de volume nas contas das empresas Limiar e LSI, controladas por André Vargas e seus irmãos.

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Também na nota, o Ministério da Saúde reforça que não firmou contrato com a empresa Labogen. "Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato, o ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos. Isso significa que a proposta envolvendo a Labogen sequer passou da fase do cumprimento dos requisitos para assinatura de contrato", diz.

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De acordo com a PF, a Labogen firmou parceria com a pasta para fabricação no Brasil e o fornecimento ao Ministério da Saúde do medicamento citrato de sildenafila, que seria feito pela Labogen em associação com a empresa EMS S/A e o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM).


A Labogen, segundo as investigações, pertence a Leonardo Meirelles, que a usava para "celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, a fim de remeter fraudulentamente dinheiro ao exterior", em parceria com o doleiro Alberto Youssef, preso desde março do ano passado e apontado como o operador do esquema de fraude em contratos da Petrobras investigado pela Lava Jato.

O Ministério da Saúde diz que as medidas em relação à Borghi/Lowe serão comunicadas à Controladoria-Geral da União e à Polícia Federal e que está à disposição da PF e demais órgãos de controle para quaisquer esclarecimentos sobre os processos da Labogen e da empresa de publicidade.


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