A presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal de Londrina, vereadora Lenir de Assis (PT), disse que entrou em contato com o Ministério da Saúde para pedir o envio de auditores federais para fazer um pente-fino nos serviços realizados na cidade através do Sistema Único de Saúde (SUS). "Temos uma série de impasses que esbarram na má gestão dos recursos tanto por parte do município como pelo Estado", argumentou.
A saúde pública em Londrina enfrenta uma série crise. Os postos de saúde não têm médicos. As unidades de pronto atendimento não dão conta de atender toda a demanda. Os hospitais da Zona Norte (HZN) e Zona Sul (HSZ) sofrem com a falta de plantonistas. As instituições filantrópicas (Evangélico e Santa Casa) ameaçam fechar os pronto-socorros. O Hospital Universitário, por sua vez, está superlotado e é prejudicado com a estrutura precária.
O Governo do Estado alega que não tem dinheiro para investir em melhorias para os hospitais. A população, indignada, realiza protestos pedindo atendimento de qualidade. Diversos moradores fecharam a avenida Saul Elkind (zona norte) na tarde de segunda-feira (18) em protesto pela morte de uma idosa, que teria falecido no HZN esperando por atendimento.
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O Consórcio Intermunicipal do Médio-Paranapanema (Cismepar), responsável por contratar médicos para os hospitais do estado, alega que os profissionais não se interessam pelos plantões. "A situação é muito grave. Precisamos de alguém para fiscalizar a aplicação dos recursos e nos auxiliar neste momento de decisões e definições", argumentou Lenir.
A vereador destacou, por fim, que deve convocar uma nova reunião, com o objetivo de discutir os problemas, para a sexta-feira (22).
A líder do Executivo na Câmara, vereadora Elza Correia (PMDB), disse que o prefeito vai se reunir com diversos órgãos ainda nesta terça-feira (19) para discutir os problemas. Devem participar do encontro representantes dos hospitais, 17ª Regional de Saúde, prefeitura e Ministério Público (MP).