Não existe nenhum risco de epidemia de febre amarela no Brasil, nem do retorno da febre amarela urbana. É o que afirmou hoje (9) o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "A situação está absolutamente sob controle, não existe nenhum risco de epidemia", garantiu durante entrevista no Ministério da Saúde.
"Desde 1942, nós não temos um caso de febre amarela urbana no Brasil e continuamos não tendo. Existem apenas casos de febre amarela silvestre, que as autoridades sanitárias, o Ministério das Saúde, as secretarias estaduais e as secretarias municipais estão acompanhando, monitorando, controlando, vacinando, informando adequadamente", acrescentou.
O ministro e o secretário de Vigilância à Saúde, Gerson Penna, explicaram que a febre amarela é uma doença cíclica e que desde outubro, o governo sabia que havia o risco de uma epidemia de dengue neste verão. Como o mosquito que transmite a dengue e a febre amarela urbana é o mesmo, o Aedes aegypti, desde então, as medidas necessárias para evitar uma epidemia estão sendo tomadas.
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Temporão lembra que desde 2000, há queda no número de óbitos por causa da doença. De acordo com números divulgados pelo ministério, naquele ano foram registradas 40 mortes, caindo para duas em 2006. No ano passado, foram cinco, número que o ministro considera pequeno.
"E por que tivemos só cinco óbitos? Muito simples, porque o Brasil tem um vacina muito eficaz, produz essa vacina há 70 anos, a Fundação Oswaldo Cruz [Fiocruz] é o maior produtor mundial dessa vacina e porque o nosso sistema de saúde é organizado, funciona do ponto de vista da notificação, da vigilância epidemiológica e das medidas de controle que imediatamente são tomadas para que as pessoas fiquem protegidas", afirmou.
Em relação à corrida aos postos de saúde registrada no Distrito Federal e em cidade de Goiás, como Pirenópolis, além da falta de vacina em alguns postos, o ministro da Saúde garantiu que era um problema momentâneo. "Mesmo tendo acontecido a falta de vacinas em algumas localidades, em alguns postos, posso garantir que a oferta vai continuar sendo garantida e todas as pessoas que necessitarem ser vacinadas por questão de deslocamentos profissionais serão atendidas", disse.
Ele lembrou também que a orientação é para que as pessoas que vão a áreas de risco se vacinem pelo menos dez dias antes da viagem. Mas descartou a necessidade de imunização massiva.
"Não há nenhuma necessidade de vacinação em massa ou de vacinar toda a população desses estados, porque não há nenhuma epidemia, porque o que nós estamos fazendo está tecnicamente adequado, que é vacinação de bloqueio, orientação para quem está viajando, informação adequada à população".
O ministro destacou que tudo o que está sendo feito pelo governo brasileiro segue os princípios e políticas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As informações são da Agência Brasil.