O surto de febre amarela em Angola, que já matou 238 pessoas na África, pode ser uma ameaça ao mundo todo, segundo alerta da Organização Mundial da Saúde. O risco maior está entre os países onde há proliferação do mosquito Aedes aegypti, - entre eles o Brasil - transmissor da doença. Ainda de acordo com a OMS, áreas onde já houve surtos de dengue, zika ou chicungunha se mostram mais férteis para a febre amarela.
Dezesseis das 18 províncias do país africano já foram afetadas pela escalada da doença, que começou na capital, Luanda, em dezembro de 2015, segundo a organização. A doença se espalhou rapidamente: no início de fevereiro, havia "apenas" 164 suspeitos de portar o vírus e 37 mortes. Hoje, são milhares de infectados, e as mortes já somam centenas. Por conta disso, , diz o relatório da OMS, "a evolução da situação em Angola é preocupante e deve ser monitorada".
Países como China, Quênia e a República Democrática do Congo já registraram casos da doença exportados de Angola. A organização teme uma disseminação muito maior, já que existe uma grande comunidade internacional no país africano. Viagens de moradores locais a territórios vizinhos e também a outros continentes são constantes.
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A entidade ressaltou que há "uma urgente necessidade de fortalecer a qualidade da resposta em Angola", assim como aumentar o controle de imunização dos viajantes que sejam oriundos de regiões afetadas pelo vírus da febre amarela. Não houve, até o momento, qualquer restrição de viagem entre Angola e outros países. Desde o segundo semestre de 2015, foi registrada circulação do vírus da febre amarela em Mali e em Gana, também na África.
(com informações do site O Globo)