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Pais acusam hospital por morte de bebê de oito meses

Rafael Machado - Redação Bonde
14 jul 2016 às 16:20

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Uma família que mora em Uraí (26 km a oeste de Cornélio Procópio) acusa a Santa Casa da cidade de negligência no atendimento prestado a um bebê de apenas oito meses, que faleceu perto das 20h do último domingo (10). A criança já tinha dado entrada um dia antes com suspeita de diarréia e vômito, e teria sido liberada por uma médica do hospital poucas horas depois.

Em entrevista ao Portal Bonde, o pai do bebê, David José de Oliveira, afirmou que procurou atendimento às 19h de sábado. "Logo que eu cheguei, já demoraram para me atender. O meu menino estava vermelho, e me chamaram só por causa disso. Expliquei os sintomas para a doutora e ela receitou apenas um soro". Ele disse que o filho, apesar de ter nascido com sete meses, não apresentava problemas anteriores de saúde.

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Oliveira argumentou que, durante a conversa com a profissional, sugeriu levar o bebê para a Santa Casa de Cornélio Procópio, uma unidade que recebe casos mais complexos. "Ela insistiu que eu permanecesse ali. Logo depois, subimos para a enfermagem, onde eu encontrei o enfermeiro falando no celular. Não consegui controlar o nervosismo", completou o pai. A Polícia Militar foi chamada e o rapaz foi encaminhado até o batalhão da cidade. A mãe aguardou atendimento com o filho na Santa Casa. "A médica deu alta e disse que ele estava bem", disse.

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Segundo o pai, a criança voltou a passar mal no dia seguinte. Ele foi até ao hospital do município no final da tarde, mas recebeu a trágica notícia horas depois. "Perto das 20h, fui informado pelos plantonistas de que o meu filho tinha morrido. Fiquei sem chão", comentou. O garoto foi sepultado na segunda-feira no Cemitério Municipal de Uraí.


A interventora da Santa Casa, Arlete Salamanca, disse ao Portal Bonde que ''a criança foi atendida normalmente pelos médicos, e já era acompanhada por ter nascido prematura. O atendimento foi filmado pelas câmeras do circuito interno, comprovando a legalidade do serviço". Ela confessou que o enfermeiro realmente chamou ''a polícia pelo pai apresentar um comportamento agressivo, pondo em risco a integridade física dos funcionários''.

Salamanca garantiu que as imagens, assim como os prontuários, foram cedidos à Polícia Civil para auxiliar nas investigações. O pai registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, que aguarda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina para anexar ao inquérito. O documento vai mostrar a real causa da morte da criança. Os envolvidos devem prestar depoimento nos próximos dias.


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