Um estudo feito pela associação inglesa "Girlguiding" revelou que os pais costumam negligenciar a saúde mental das filhas adolescentes. Segundo a pesquisa, a preocupação fica centrada no abuso de álcool e drogas e assuntos mais comuns como cyberbulling acabam deixados de lado.
As jovens questionadas pela pesquisa afirmaram ainda que questões psicológicas, preocupação em conseguir um emprego estão entre as maiores questões de suas vidas nessa fase e doenças como depressão as afligem muito mais que problemas com álcool e drogas.
De acordo com o estudo, cerca de 58% das jovens entre 13 e 21 anos acreditavam que saúde mental era uma questão, enquanto 37% afirmaram se preocupar com cyberbulling e 36% tinham medo de não se capaz de conseguir um emprego. O quadro revelou que as garotas se sentiam incompreendidas pelos pais, que voltavam sua preocupação para o uso de álcool e drogas, enquanto, na verdade, as jovens se afligiam muito mais com temas relacionados à saúde mental.
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Segundo a pesquisa, 42% das meninas entrevistadas afirmaram que seus pais estavam preocupados como uso de drogas durante essa faixa etária, enquanto 33% citaram o uso de álcool e 29% com o cigarro. Entre faixa etária de 16 a 21, 42% das meninas citaram a preocupação com a gravidez na adolescência e 34% o risco de sexo inseguro.
A pesquisa identificou que automutilação é reconhecido como o maior problema de saúde para 75% das meninas entre 11 e 21 anos. Em 2010, essa questão estava no patamar dos 62%, o que demonstra que o problema vem crescendo entre as jovens. O oposto acontece com o cigarro, problema que nesta pesquisa significava 72%, apresentando queda em relação à 2010 quando chegava aos 82%.
A preocupação com doença mental e depressão passou de 56% em 2010 para 69% neste ano. Enquanto 82% das meninas afirmaram que os adultos não reconhecem a pressão a qual estão submetidas, 62% delas afirmam conhecer outra menina na mesma idade que já tenha tido algum problema de saúde mental.
"Os resultados na pesquisa deste ano fornecem um forte alerta sobre estado frágil das meninas britânicas. Precisamos do apoio dos responsáveis para iniciar uma conversa aberta sobre as preocupações das meninas. Para ouvi-las precisamos trabalhar juntos para enfrentar as causas de suas angústias", afirmou Julie Bentley, diretora executiva da Girlguiding.
(com informações do site O Globo)