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5,4 mil casos

Paraná confirma mais quatro mortes por dengue

Agência Estadual de Notícias
25 fev 2013 às 18:25

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- Divulgação
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A Secretaria da Saúde divulgou nesta segunda-feira (25) o informe técnico n.º 16, sobre a situação da dengue no Paraná. Foram confirmados 5.438 casos da doença, entre agosto do ano passado e esta segunda-feira (25), seis mortes em decorrência da doença. Os casos se concentram nas regiões Noroeste e Oeste do Estado.

Seis pacientes que tiveram a forma mais grave da doença morreram de dengue. Três novas mortes foram registradas em Peabiru e outra em Campo Mourão. Além destas, duas mortes já haviam sido confirmadas em outros momentos: uma em Peabiru e outra em Paranavaí.

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Atualmente são 13 municípios em situação epidêmica. Além dos 11 já informados no boletim anterior, São João do Caiuá e Engenheiro Beltrão apresentaram 27 e 65 casos, respectivamente, e entraram na lista por ultrapassarem a marca de incidência de 300 casos por 100 mil habitantes.

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O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, destacou que o Estado ainda enfrenta um período crítico da doença por conta do clima. "O combate à dengue deve ser feito durante todo o ano, mas devemos ficar atentos ao período de calor intenso e chuvas, que favorecem a proliferação do mosquito transmissor da doença".

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O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Antonio Carlos Nardi, explicou que os municípios devem intensificar as ações de combate à dengue e os novos gestores, dar atenção especial a essa área. "As prefeituras devem manter as equipes de combate a endemias e monitorar a eliminação de criadouros, que é a medida mais eficaz contra a dengue", disse Nardi. Ele também é secretário de Saúde de Maringá, no Noroeste do Estado.


Dos 5.438 casos confirmados, 15 evoluíram para a forma grave da doença. Sezifredo enfatiza que a demora na procura por atendimento médico pode agravar o quadro clínico. "A qualquer sintoma de dengue, o paciente deve procurar o serviço de saúde imediatamente. Se voltar para casa e os sintomas piorarem, deve retornar ao serviço de saúde e informar que já procurou atendimento antes, levando o cartão do paciente", disse.

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CASOS – Uma das novas mortes confirmadas é de uma moradora de Peabiru, de 84 anos. De acordo com a investigação da Secretaria, o óbito foi causado por febre hemorrágica da dengue associada a uma hemorragia digestiva alta. A idosa era hipertensa e começou a apresentar sintomas da doença no dia 8 deste mês. Mesmo com dores de cabeça, vômito, febre e dores abdominais, a idosa não procurou atendimento e optou por tomar remédios sem orientação médica. No dia 12, a paciente foi internada na Santa Casa de Campo Mourão, transferida para a UTI da Central Hospitalar e morreu na madrugada do dia seguinte.


"A automedicação pode matar. Neste caso específico, a idosa tomou AAS 100 miligramas por quatro dias. O medicamento é totalmente contraindicado para pacientes com suspeita de dengue, pois favorece a hemorragia", explicou o superintendente.

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Uma paciente, de 62 anos, que adquiriu dengue em Peabiru também morreu no dia 12 pelo grau máximo da febre hemorrágica durante transferência para uma UTI em Campo Mourão. O início dos sintomas foi registrado no dia 8, inclusive com vômito, um sinal de alarme para caso grave.


Outras duas pessoas morreram na UTI, em Campo Mourão. Uma mulher, moradora local, tinha 31 anos, e ficou hospitalizada por cinco dias em estado grave, por conta da febre hemorrágica. Outro caso é de um homem, de 75 anos, morador de Peabiru, que tinha doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Ele ficou internado por sete dias na UTI e não resistiu às complicações da dengue.

Segundo o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan, os profissionais de saúde de pronto-atendimentos devem estar atentos a pacientes que apresentem sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, hemorragias, sangramento de mucosas, hiportermia, desconforto respiratório, entre outros. "A possibilidade de pacientes com este quadro evoluírem para a forma grave da doença é grande se não houver tratamento correto", ressaltou.
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