O boletim semanal da dengue, publicado nesta terça-feira (3) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), registrou mais quatro óbitos em decorrência da doença, aumentando para nove o número total de mortes no Estado. Os dados são do 36° Informe Epidemiológico do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1° de agosto e segue até julho.
O informe registra ainda 109.574 casos notificados no Paraná. São 15.230 a mais na comparação com a semana passada. Além disso, há 37.048 casos confirmados, um aumento de 23,45% em sete dias.
Até o momento, 374 municípios registraram notificações de dengue (93,7% do Estado). Desses, 309 confirmaram a doença (77,4%), sendo 269 com casos autóctones, quando a doença é contraída no município de residência.
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“Infelizmente o número de mortes cresce, assim como o de casos. É essencial o atendimento clínico e diagnóstico rápido da doença, para que os pacientes sejam avaliados pelos serviços de saúde. Nossas equipes de vigilância e atenção acompanham os casos e atuam em todas as regiões do Paraná na orientação e capacitação dos profissionais de saúde para o controle da doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Óbitos
Das pessoas que foram a óbito, eram três mulheres e um homem, com idades entre 10 e 87 anos. As vítimas residiam em Catanduvas e Cascavel, de abrangência da 10ª Regional de Saúde, e Ivatuba e São Jorge do Ivaí, da 15ª RS. Os óbitos ocorreram entre 1º e 8 de abril de 2022.
Ações
A equipe da Scali (Seção de Apoio Logística de Insumos e Equipamentos), a DVDTV (Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores) e o Núcleo de Vigilância Entomológica de Maringá estão na 10ª Regional de Saúde de Cascavel para promover, nos 25 municípios da região, capacitações e orientações para supervisores de campo e coordenadores dos agentes de combate a endemias, no combate ao vetor.
Nesta quarta-feira (4), uma equipe da DVDTV estará na 5º Regional de Saúde, em Guarapuava, para um encontro com gestores de saúde, médicos e enfermeiros. O assunto será o diagnóstico e manejo clínico do paciente com sintomas de dengue para orientar as equipes quanto à assistência aos casos suspeitos.
Infestação predial
Nesta terça-feira (3), a Sesa publicou o 2° informe entomológico de 2022, referente ao período de 01/03/2022 e 29/04/2022. O documento apresenta os principais criadouros de Aedes aegypti no Estado. Os dados são provenientes do levantamento entomológico feito pelos municípios e informados à Secretaria. Criadouros como lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, são os principais depósitos passíveis de remoção e representam 38,2% dos criadouros encontrados.
Já os depósitos de móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção e objetos religiosos aparecem como o 2° grupo de maior relevância para o ciclo de vida do mosquito.
Em seguida, aparecem os locais de armazenamento de água, no solo, como as cisternas e caixas d’água. Eles representam 16,5% dos criadouros. Com ações simples de remoção, proteção, limpeza e destinação adequada de resíduos sólidos, é possível evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.