O Ministério da Saúde confirmou na noite desta sexta-feira (21) a inclusão da Coronavac na campanha de vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. De acordo com Rodrigo Cruz, secretário-executivo da pasta, o país tem 9 milhões de doses disponíveis para aplicar nesse público.
Do total, 3 milhões estão nos estados e já podem ser usadas, uma vez que a vacina aplicada em crianças é a mesma utilizada em adultos. Outros 6 milhões estão nos estoques do ministério e deverão começar a ser distribuídas nos próximos dias.
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"Identificamos que existem nas redes de frios [geladeiras e freezers usados para armazenar vacinas] dos estados cerca de 3 milhões de doses da Coronavac que podem ser utilizadas imediatamente na aplicação desse público", disse o secretário.
Cruz informou que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Sergipe, Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rio de Janeiro, Tocantins, Pará e Santa Catarina têm menos de 41 mil doses da Coronavac.
Para esses 12 estados, serão enviadas 733 mil doses de forma emergencial. O número corresponde a 10% do público-alvo da nova faixa etária nessas localidades.
O ministério espera receber até a próxima segunda-feira (24) informações atualizadas dos estados sobre a quantidade de vacinas disponíveis. Depois disso, o governo vai avaliar a necessidade de comprar mais doses de Coronavac do Instituto Butantan.
"Quando a gente receber todas as informações dos estados de quantitativo de doses, o ministério vai conversar com o Butantan. Se necessário, a gente pode adquirir novas doses com o Instituto Butantan para que a gente tenha disponibilidade imediata dessas doses", disse Cruz.
A pasta enviou um ofício ao Butantan para saber a quantidade de imunizantes disponíveis ao Instituto Butantan, que respondeu ter 7 milhões.
A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na quinta-feira (20) o uso emergencial da vacina Coronavac em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
A agência aceitou que a dose aplicada em crianças seja a mesma utilizada em adultos, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda. São Paulo começou a vacinação com o imunizante nesta quinta.
Crianças imunossuprimidas, no entanto, deverão receber doses da Pfizer. A primeira criança a receber a vacina da farmacêutica no Brasil foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos. Ele foi vacinado na última sexta-feira.
De acordo com o ministério, o país já recebeu 2,5 milhões de doses desse imunizante. O último lote, com 1,2 milhão de doses, foi entregue no domingo (16). Outros dois lotes de 1,8 milhão de doses são esperados para segunda-feira e para a primeira semana de fevereiro.