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Denúncia

Sem funcionários, novas alas do HC estão paradas

Redação Bonde
10 ago 2007 às 18:17

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Várias alas do Hospital de Clínicas de Curitiba, equipadas com modernas UTIs e centros cirúrgicos, estão sem funcionar por falta de funcionários. A denúncia foi feita na edição desta quinta-feira (09) do Jornal da Globo.

Caso funcionasse, a nova ala de transplante de medula óssea, que foi inaugurada há dois meses, poderia dobrar o número de transplantes feitos no Hospital de Clínicas do Paraná. Também estão parados oito centros cirúrgicos novos e equipados e 25 vagas de UTI, além das alas de tratamento de doenças dos rins e de cirurgia plástica reparadora. A ala cirúrgica está pronta há três anos.

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O HC foi o primeiro na América Latina a fazer transplante de medula e é referência em transplantes de fígado e ossos. Segundo a direção, são necessários pelo menos mais 600 para que o hospital possa trabalhar com toda a capacidade que tem.

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Como pertence à Universidade Federal do Paraná, para preencher essas vagas é preciso que o ministério da Educação autorize um concurso público. O MEC informou que entre 2003 e 2006 liberou a contratação de 519 funcionários para o hospital. Entretanto, segundo o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Júnior, os funcionários contratados no período sequer repõem as baixas de funcionários que se aposentaram, foram exonerados ou se afastaram por problemas de saúde.

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De acordo com o reitor, em 2002 o HC tinha 3.402 funcionários. Hoje, são 3.266 – 136 pessoas a menos, para uma demanda que só cresceu.


O maior agravante da situação é que crianças, que lutam pela vida, não dispõem de tempo para esperar pelas contratações. Elas precisam de transplante com urgência. "A chance que eles tem de viver é maior do que 90% se eles forem transplantados a tempo. E se eles não forem transplantados, dificilmente podem sobreviver acima dos cinco, seis anos de idade", afirmou a médica Carmem Bonfim a reportagem do telejornal.

Em nota enviada a emissora, o ministério da Educação disse que repassa recursos materiais e humanos para os hospitais universitários de acordo com a disponibilidade orçamentária.


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