Quem tem problemas de saúde como diabete ou quer emagrecer e é consumidor de alimentos diet, deve ficar atento ao que dizem os rótulos desses produtos. Pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde constatou problemas em 74 itens comuns nas prateleiras dos supermercados e dos quais 39 tinham irregularidades graves. Por isso, precisaram ser apreendidos nas centrais de distribuição. Diet são alimentos modificados com a retirada de algum componente (açúcar, sal ou gordura).
"Nosso objetivo é proteger a saúde desse tipo de consumidor, que pode estar se iludindo, se alimentando de forma errada e se prejudicando", diz a nutricionista Sabrina Mendes, do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria da Saúde. Sabrina participou da ação, feita em parceria com a Associação de Defesa e Orientação do Consumidor (Adoc) e Associação do Diabético Juvenil do Paraná (Apad).
Entre os produtos com problemas estavam chocolates, achocolatados, pó para preparo de gelatinas, pudins e refrescos, geleias e doces de frutas, bolos prontos e misturas para preparo de bolos, granolas, barras de cereais e biscoitos.
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A ação constatou que 15 alimentos apresentados como diet não possuíam registro no Ministério da Saúde - falta considerada grave. Foi o caso de um chocolate fabricado por uma grande indústria nacional que, ao ser notificada pela Secretaria Municipal da Saúde, imediatamente se comprometeu em recolher o produto em todo o país. Em outros nove diet faltava a informação de que o consumo precisa ser orientado por médico ou nutricionista.
Os alimentos apresentados como "sem adição de açúcar", além de não terem o ingrediente incorporado em todo o processo de fabricação e embalagem, não podem ter mais do que 40 kcal/100g ou 20 kcal/100ml. Do contrário, devem ostentar a informação de que não se trata de alimento de baixo valor energético. De todos os produtos pesquisados, porém, 54 não traziam esse alerta (com site da prefeitura de Curitiba).