A carne é um alimento conhecido pelo seu forte fator nutritivo, principalmente em minerais e vitaminas lipossolúveis, além de ferro, zinco e vitaminas B6 e B12, que são importantes para o bom funcionamento do organismo. No Brasil, maior produtor de proteína animal do mundo, o consumo de carne é algo cultural, mas apesar de estar presente na mesa de muitas pessoas, a ingestão em excesso pode trazer sérios problemas à saúde.
“Consumir com frequência, principalmente carnes vermelhas, pode trazer problemas, entre eles: renal, hepático e coronariana, como alterações nos níveis de colesterol e hipertensão, além de outros prejuízos para o sistema circulatório, rins e fígado, podendo facilitar também o desenvolvimento de câncer e tumores”, explica o professor Henrique Marques de Almeida Rolim, coordenador do curso de Gastronomia do UDF (Centro Universitário do Distrito Federal).
Leia mais:
'Caso Panetone' reacende debate sobre contagem de calorias e terrorismo nutricional nas redes
Uso de creatina não é para todos e consumo em excesso pode ser prejudicial
Confira cinco mentiras sobre alimentação que sempre te contaram
Relatório aponta que 28% dos alimentos industrializados têm sódio em excesso
Atualmente, cortes de carne com baixo teor de gordura, como o patinho, estão em alta no mercado consumidor. Apesar disso, não é somente o corte que é prejudicial à saúde pelo consumo excessivo. Segundo Rolim, fatores como a forma de cozinhar e os ingredientes utilizados no preparo podem influenciar no teor calórico do alimento.
“Vejamos como exemplo o próprio patinho preparado à milanesa, onde faz com que uma carne até então magra, se transforme num alimento muito ruim, se consumido de forma exagerada”, esclarece.
Para evitar a ingestão em excesso das carnes vermelhas, elas podem ser substituídas, em algumas refeições, por leguminosas, como grão-de-bico, soja, lentilha, ervilha, feijão, entre outras, além da quinoa, cogumelos e derivados de soja como o tofu.
O professor do UDF destaca que além do fator econômico, para o Brasil, uma vez que o país é o maior produtor de proteína animal do mundo, bem como os aspectos culturais enraizados na sociedade, onde o consumo de carne é algo muito importante, inegavelmente a questão da saúde é algo que vem preocupando cada vez mais o mercado consumidor.
“Nas camadas mais abastadas economicamente do país o consumo de carne é precedido de conceitos muito atuais de sustentabilidade, ou seja, o mercado consumidor quer saber como o animal foi criado, abatido, sua carne armazenada e se o produtor tem preocupação com todas as partes da cadeia produtiva. Isso é cada vez mais importante para o mercado consumidor, que hoje tem total consciência da importância de se conhecer a procedência do que se come” salienta.