Nutrição

Má alimentação prejudica desempenho escolar

31 dez 1969 às 21:33

Quando o assunto é alimentação a preocupação dos pais é constante. Saber se os filhos consomem todos os nutrientes, proteínas, vitaminas de forma adequada e equilibrada é fundamental, independente da idade da criança. De acordo com dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a desnutrição infantil no país diminuiu nos últimos 30 anos, porém, o número ainda é alarmante. Cerca de 1,89 milhão de crianças menores de 10 anos sofrem com a desnutrição.

O fato das crianças ficarem muito tempo na escola, ou fora dela, pode desencadear uma série de inquietações por parte dos pais. Nesse período é fundamental atentar-se para a alimentação adequada, pois a carência nutricional nessa fase pode prejudicar o bom andamento dos pequenos na escola e nas atividades normais do dia-a-dia, causando desânimo e demais doenças como obesidade e anemia.


"Desnutrição e obesidade podem parecer que estão em sentido oposto, no entanto, obesidade é um tipo de desnutrição. As pessoas confundem obesidade com saúde, quando, na verdade o obeso pode estar muito mais doente que o desnutrido. Obesidade causa doença cardiovascular, diabetes, problemas de coluna e muitas outras doenças graves", explica o médico Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do HCor.


Cabe aos pais elaborar um cardápio rico em nutrientes com alimentos saudáveis e refeições em horas certas e sem exageros. É importante iniciar a formação de hábitos alimentares assim que as crianças são apresentadas aos alimentos, ou seja, assim que abandona o leite materno.


"Altere o cardápio a cada refeição, mas não apresente todas as novidades de alimentos de uma só vez. Varie a seleção de carboidratos, que dá a energia para as crianças nas atividades diárias, as proteínas, que são essenciais para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos e os alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais, responsáveis pela manutenção e o bom funcionamento do corpo", alerta Magnoni.


Todos os alimentos têm igual peso, ou seja, não há alimento mais importante que o outro nessa fase. O ideal é montar uma pirâmide de alimentos e abrir algumas exceções ao longo da semana. "Escolha um dia da semana para a criança se divertir nas guloseimas, mas sem exagero, pois com o excesso de doces e frituras com o tempo ela pode apresentar doenças como obesidade", salienta o nutrólogo.


Sempre que possível introduza o azeite na alimentação das crianças, pois é um alimento funcional natural, com alto teor de gordura monoinsaturada o que aumenta o colesterol bom (HDL).


"Ao consumir o azeite extra virgem, estamos ingerindo 77% de gordura monoinsaturada, 14% de saturadas e 9% de polinsaturadas, o que torna o óleo mais saudável em relação aos outros. De forma semelhante reduza ao máximo o consumo de açúcar, pães e doces, causadores de obesidade. Aumente bastante a carga de atividade física, seja esporte, ginástica ou outras atividades recreativas, finaliza o Daniel Magnoni


Comida 'decorada'


A dica do nutrológo é que os pais abusem da criatividade e introduzam aos pratos infantis alimentos coloridos para chamar a atenção das crianças. Uma sugestão é decorar as refeições, para atraí-las. Abaixo algumas propostas que podem seduzir os olhos e fazer muito bem ao corpo na fase do desenvolvimento.


- Prefera carnes magras à vermelhas;


- Insira ao café da manhã iogurte, fibras - para auxiliar na digestão, e frutas;


- Substitua sobremesas calóricas e com muito açúcar, por frutas decoradas, ou gelatinas;


- Evite os refrigerantes, prefira os sucos naturais;


- Escolha um dia da semana para liberar as guloseimas;


- Não insista para que a criança coma, ela procurará o alimento oferecido quando sentir fome;


- Varie o cardápio, mas administre bem as novidades;


- Siga uma ordem de horário para as refeições e os lanches intermediários;

- Use a criatividade ao preparar os pratos, abuse dos legumes, para ter um prato colorido e das formas dos lanches para atrair a atenção.


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