O diretor Roman Polanski, 76, foi preso no sábado quando viajava para a Suíça para o Festival de Cinema de Zurique, que está realizando uma retrospectiva de sua carreira.
Em 1977, nos Estados Unidos, ele admitiu ter mantido relações sexuais com uma garota de 13 anos, o que é ilegal, mas fugiu para a França antes de receber a sentença.
Sem pisar em terras americanas desde então, o diretor recebeu à distância o Oscar de melhor filme pela obra O Pianista, de 2002, que conta as memórias de um músico judeu em plena ocupação nazista de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial.
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Inicialmente indiciado por seis delitos sexuais, entre os quais pedofilia, o diretor pode ter de enfrentar o resto da vida na prisão se condenado. A vítima no centro do caso, Samantha Geimer, hoje casada e com filhos, já pediu que as acusações contra o diretor sejam retiradas.
Ela diz que a insistência da Justiça para que Polanski compareça diante de um juiz americano é uma "piada cruel". No início deste ano, um magistrado americano afirmou que houve má conduta do juiz original do caso, hoje falecido, mas determinou que Polanski deveria retornar aos Estados Unidos para pedir a anulação do caso.
Por medo de ser enviado à Justiça americana, o diretor já evitou inclusive rodar suas obras na Grã-Bretanha, que, como a Suíça, tem acordos de extradição com os EUA.