Seguindo o rito processual, depois dos questionamentos da juíza Elisabeth Kather, foi a vez do promotor Tiago de Oliveira Gerardi formular as perguntas. A primeira foi esta:
-O senhor relatou que foi agredido pelo irmão da vítima. Isso também aconteceu por parte dos policiais que estiveram lá na sua casa? - indagou.
- Não! - respondeu. Gerardi não ficou satisfeito com a afirmação, e acrescentou:
- Você foi agredido na delegacia?
Mais uma resposta negativa.
- Mas lá eu fui, como dizem, coagido. - ressaltou o motorista.
O promotor rebateu com outra inquietação.
- Por que você não relatou isso na audiência de custódia?
Insistindo na possível coação, Gelinski prosseguiu:
- Imagina só, tinha três policiais lá. O irmão da vítima disse que iria me 'picar'...
- Mas a custódia serve justamente pra isso. - alertou o representante do Ministério Público.
- Eu tô lidando com três policiais. Eu tô com medo, doutor. Como vou falar isso diante deles? - questionou Gelinski.
- Satisfeito, excelência.
E assim terminou a rápida intervenção do promotor.