Quase dois anos depois, o autônomo Mayck Aron Irineu, 24 anos, terá o seu futuro decidido pelo Tribunal do Júri a partir de 9h desta terça-feira (30), o primeiro de 2018. Em fevereiro de 2016, ele atirou em um agente da PEL 2 (Penitenciária Estadual de Londrina) na rua Hikoma Udihara, no jardim San Fernando, região leste de Londrina.
Desde a época em que foi pego pelos policiais do Serviço de Inteligência, a popular P2, Irineu cumpre pena na PEL 1. A vítima foi baleada no braço esquerdo e mão direita enquanto recolhia carnês de um título de capitalização com o irmão. Em depoimento na delegacia, o agente relatou que, ao perceber que seria atingido, deitou-se no banco do motorista, pegou uma arma que guardava no porta-luvas e disparou algumas vezes.
Os tiros resvalaram na perna do atirador. Durante audiência no Fórum, o jovem afirmou que foi confundido pela polícia depois que outra arma do servidor estadual foi roubada, em 2015. "O suspeito tinha outro nome, mas eles (policiais) insistiram que o culpado era eu". No mesmo interrogatório, Irineu observou que foi alvo de um atentado supostamente planejado pelo funcionário público.
"Ele queria descontar o roubo que eu não cometi, mas escapei e fiquei esperto. Ele iria pagar pelo que fez", frisou. Mesmo baleado, o agente recuperou-se dos ferimentos no HU (Hospital Universitário).