A juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Kather, ordenou o arquivamento do inquérito que apurava a morte de Rogério Teixeira, 46 anos, baleado por um policial civil na madrugada do dia 15 de julho do ano passado quando invadiu o plantão da 10ª Subdivisão (SDP), na avenida Leste Oeste, região central. Mesmo fechada, a porta de vidro foi arrombada. De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Osmir Ferreira Neves, o investigador estava sozinho na delegacia.
O agente teria atirado duas vezes na parede para dispersar o invasor, que não se assustou com os disparos. Na reação, o policial baleou Teixeira, que teria perseguido o servidor pelas dependências da 10ª SDP até cair por conta do ferimento. Ele morreu no local. O Instituto de Criminalística teria encontrado uma porção de cocaína na roupa da vítima, que trabalhava como vigilante.
Neves afirmou que o plantão na delegacia central permanece aberto ao público até às 22h todos os dias. Depois deste horário, o atendimento é restrito e feito através de um interfone. A Justiça entendeu que o policial "agiu em legítima defesa". Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná disse que um processo disciplinar foi instaurado pela Corregedoria do órgão em paralelo ao inquérito. Na época, o investigador foi afastado, mas já retornou ao trabalho. O procedimento interno ainda não foi concluído.
Em depoimento, a mãe de Rogério Teixeira teria dito que o rapaz sofria de transtornos mentais. "Aparentemente, foi isso que provocou a invasão na delegacia", disse Neves.