A juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Claudia Andrea Bertolla Alves, marcou para o dia 21 de novembro, às 15h, a audiência de instrução das testemunhas convocadas para depor no processo da motorista Daiane Cristina Freire, que provocou um acidente no dia 1º de maio deste ano no cruzamento das avenidas Guilherme de Almeida e Dez de Dezembro, na região sul. Eliede dos Santos Oliveira, 42 anos, e Jean Goulart Camargo, 26, estavam em uma moto quando foram atingidos pelo Peugeot. Eles morreram no local.
Na sessão deste mês, a acusada poderá ser ouvida. O Ministério Público convocou para prestar depoimento dois policiais militares que atenderam a ocorrência. Eles também foram arrolados pela defesa das vítimas. Já o advogado Thiago Issao Nakagawa chamou uma mulher e um frentista de um posto de combustíveis próximo ao ponto onde o acidente aconteceu.
O caso
Segundo a Polícia Militar, a condutora estava embriagada. O teste do bafômetro realizado pelos agentes identificou 0,51 mg/l de álcool, bem acima do 0,05 mg/l tolerado pela Lei Seca. Daiane Freire foi presa preventivamente, mas a Justiça, em uma nova decisão, emitiu fiança de R$ 3.180 para soltá-la. Com o valor pago, ela responde o processo em liberdade.
Na semana passada, a defesa dela apresentou um recurso pedindo que o processo saia da 1ª Vara para a 3ª Vara Criminal. A alegação é que trata-se de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O promotor Tiago de Oliveira Gerardi tem outra interpretação. Além de considerar que a embriaguez é um importante item para ratificar a permanência da denúncia no Tribunal do Júri, ele explicou que "há outros elementos que não podem ser ignorados, como dirigir em alta velocidade e ultrapassar o sinal vermelho". Ainda falta a análise do advogado dos familiares de Eliede e Jean Goulart.