O atropelamento que vitimou o instalador de redes telefônicas Gilmar Teixeira, 61 anos, no cruzamento das ruas Uruguai com Maranhão, região central de Londrina, completou um mês neste domingo (1º). O idoso atravessava a esquina quando foi atingido em cheio por um Peugeot, conduzido por Leandro Juliani Lazari. Segundos após o acidente, a população que presenciou a forte batida suspeitou que o motorista tentou fugir. A versão é rebatida pelo advogado Elias Chagas Neto, responsável pela defesa no processo que corre no Fórum.
"Ele não fugiu, pelo contrário, simplesmente parou alguns metros à frente do semáforo. O Leandro ficou muito abalado com toda a situação e lamentou muito a morte deste senhor", disse Chagas. O inquérito policial está com o Ministério Público, que ainda não ofereceu denúncia. Mesmo assim, o advogado espera uma acusação por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Depois da fatídica colisão, Lazari foi levado à Central de Flagrantes, de onde saiu após pagar uma fiança de quatro salários mínimos.
A Justiça determinou que ele fique em casa das 22h às 6h, regra ampliada aos finais de semana. À FOLHA, Elias Chagas explicou que "pela escuridão do local, o Leandro não viu a vítima passando, fator que pesou na hora dele não frear. Vamos aguardar a posição do promotor para só depois traçarmos os meios de defesa".
O pedestre, que havia acabado de se aposentar, foi encaminhado ao Hospital Evangélico, mas não resistiu. A sobrinha do idoso, Cátia Teixeira, residente em São Paulo, protestou contra a decisão judicial que soltou Lazari. "O meu tio morre e fica assim mesmo? Essas leis tinham que mudar. É um crime, não é diferente porque ele está ao volante", esbravejou.