A motorista Daiane Cristina Freire, acusada pelo Ministério Público de provocar a morte de duas pessoas no dia 1º de maio deste ano em um acidente de trânsito na esquina das avenidas Dez de Dezembro e Guilherme de Almeida, virou ré no processo de homicídio com dolo eventual que tramita na 1ª Vara Criminal. O juiz Marcus Renato Nogueira Garcia aceitou a denúncia do promotor Tiago de Oliveira Gerardi sem ressalvas. Agora, a condutora tem 10 dias para responder a acusação.
Logo depois, a Justiça deve convocar audiências de instrução para ouvir testemunhas e interrogar Daiane, que, caso seja pronunciada, pode ir a júri popular. O Peugeot conduzido por ela ultrapassou o sinal vermelho e atingiu em cheio a moto onde estavam Eliede dos Santos Oliveira, de 42 anos, o condutor, e Jean Goulart Camargo, 26, o garupa. Policiais militares que fizeram o teste do bafômetro constataram que ela estava embriagada. Uma câmera de um comércio do bairro flagrou a colisão traseira:
O exame registrou 0,51 mg/l de álcool, quando o limite de álcool tolerado na Lei Seca é de 0,05 mg/l, ou seja, ela tinha consumido dez vezes o maior índice tolerado pela legislação. Na audiência de custódia, Daiane Freire teve a prisão preventiva mantida, mas não ficou muito tempo na cadeia. Dois dias depois, o juiz da 3ª Vara Criminal, Juliano Nanuncio, impôs fiança de R$ 3.180 para soltá-la. O valor foi pago e atualmente ela continua em liberdade.
O advogado Thiago Issao Nagakawa, que defende a motorista, informou que irá se manifestar somente no processo.