Um dos ditados mais repetidos por aí é o ``Se Maomé não vai a Montanha, a Montanha vai a Maomé´´. O significado dele todo mundo conhece, mas usá-lo na prática nem sempre é tão fácil quanto falá-lo.
Quando falamos de relacionamentos, por exemplo.
Até anos atrás, os homens eram os Maomés, responsáveis por chegar até a Montanha (no caso as mulheres). Enquanto isso nós ficávamos lá, paradas como montanhas mesmo, esperando a reação deles. Eu não sou tão velha assim e já ouvi o clássico mantra das montanhas: Mulher não corre atrás de homem, não se oferece. Quando faz isso, eles perdem o interesse.
Mas em tempos modernos como os nossos, a gente pode deixar de ser Montanha e virar Maomé? E como e quando fazer isso?
Depois de ficar ou conhecer um cara, é sempre um dilema pra mim a coisa do telefonar.
E conversando com amigas percebi que não existe uma unanimidade, mas sim muita dúvida e insegurança.
As mulheres conseguem argumentar de igual para igual em uma reunião de trabalho, disputar uma posição, sair sozinhas, paquerar na balada e até tomar a iniciativa de um primeiro contato. Mas quando se fala em telefonar no dia ou semana seguinte... é sempre um drama.
Esses tempos me vi sofrendo por uma semana inteira sem saber se ligava para o cara do fim de semana passado ou não.
Queria muito vê-lo outra vez, mas será que eu deveria ligar e assumir isso?
Uma amiga me disse que quem tem coragem para fazer, deveria assumir a frente e ir atrás. Me garantiu que conhece caras que têm vergonha de telefonar.
Eles também estão confusos com essas mudanças de comportamento?
Porque no começo do século passado tudo era muito claro: o homem tinha que tomar a iniciativa, uma vez que mulher nenhuma faria isso. Depois que algumas de nós começaram a telefonar primeiro que eles, os coitados ficaram sem saber o que fazer: esperar ou avançar.
Aí ficamos todos confusos, todos com medo de se expor e levar um fora, de pedir e não ganhar, de tentar e não conseguir. Mas quando não telefonamos já temos o fora, não ganhamos coisa alguma, a possibilidade de nada acontecer é real!
Engraçado mesmo é que a maioria das amigas me dizia para telefonar, mas sei que a maioria delas também não telefonaria, ou pelo menos ficaria semanas pensando.
Será que não podíamos fazer uma conferência para definir novos padrões de paquera?
Tipo uma convenção de Haia do amor, com regras claras que valessem para cada situação, tanto em bares quanto boates, festas de amigos ou exposições de arte. Um manual para todo mundo seguir sem ter medo de estar infringindo normas alheias.
Quanto a mim, liguei para a casa do bonito (era o único número que eu tinha) no sábado à noite.
Ninguém atendeu.
Achei que era o destino e desencanei!
Quando falamos de relacionamentos, por exemplo.
Até anos atrás, os homens eram os Maomés, responsáveis por chegar até a Montanha (no caso as mulheres). Enquanto isso nós ficávamos lá, paradas como montanhas mesmo, esperando a reação deles. Eu não sou tão velha assim e já ouvi o clássico mantra das montanhas: Mulher não corre atrás de homem, não se oferece. Quando faz isso, eles perdem o interesse.
Mas em tempos modernos como os nossos, a gente pode deixar de ser Montanha e virar Maomé? E como e quando fazer isso?
Depois de ficar ou conhecer um cara, é sempre um dilema pra mim a coisa do telefonar.
E conversando com amigas percebi que não existe uma unanimidade, mas sim muita dúvida e insegurança.
As mulheres conseguem argumentar de igual para igual em uma reunião de trabalho, disputar uma posição, sair sozinhas, paquerar na balada e até tomar a iniciativa de um primeiro contato. Mas quando se fala em telefonar no dia ou semana seguinte... é sempre um drama.
Esses tempos me vi sofrendo por uma semana inteira sem saber se ligava para o cara do fim de semana passado ou não.
Queria muito vê-lo outra vez, mas será que eu deveria ligar e assumir isso?
Uma amiga me disse que quem tem coragem para fazer, deveria assumir a frente e ir atrás. Me garantiu que conhece caras que têm vergonha de telefonar.
Eles também estão confusos com essas mudanças de comportamento?
Porque no começo do século passado tudo era muito claro: o homem tinha que tomar a iniciativa, uma vez que mulher nenhuma faria isso. Depois que algumas de nós começaram a telefonar primeiro que eles, os coitados ficaram sem saber o que fazer: esperar ou avançar.
Aí ficamos todos confusos, todos com medo de se expor e levar um fora, de pedir e não ganhar, de tentar e não conseguir. Mas quando não telefonamos já temos o fora, não ganhamos coisa alguma, a possibilidade de nada acontecer é real!
Engraçado mesmo é que a maioria das amigas me dizia para telefonar, mas sei que a maioria delas também não telefonaria, ou pelo menos ficaria semanas pensando.
Será que não podíamos fazer uma conferência para definir novos padrões de paquera?
Tipo uma convenção de Haia do amor, com regras claras que valessem para cada situação, tanto em bares quanto boates, festas de amigos ou exposições de arte. Um manual para todo mundo seguir sem ter medo de estar infringindo normas alheias.
Quanto a mim, liguei para a casa do bonito (era o único número que eu tinha) no sábado à noite.
Ninguém atendeu.
Achei que era o destino e desencanei!