Crônica
Alguns leitores estão a mandar e-mails cobrando que eu escreva mais por aqui. Confesso que tais cobranças deixam-me envaidecido. Afinal, é bom saber que há algumas pessoas – e nenhuma delas é minha mãe, minha mulher, meu pai ou qualquer outro parente – que gostam do que escrevo. Bem, o antigo ditado diz que gosto não se discute.
Peço desculpas por escrever menos do que gostaria. O fato é que este blog antes se chamava "É crônica". Mas tem uns caras, tipo Luis Fernando Verissimo, Domingos Pellegrini e Antonio Prata que gostam de humilhar. Lendo, a cada domingo, as crônicas que eles publicam, concluí que as minhas não fariam falta nenhuma à humanidade.
Convencido de que sou melhor repórter do que cronista, solicitei a alteração do nome do blog, mudando para "É notícia". Ocorria-me o devaneio de sair por aí, de bloco e caneta em punhos, descolando matérias ultraexclusivas para dar de presente aos meus leitores.
É claro que, com dois empregos, uma filha e uma esposa, não rolou. Fazer jornalismo é difícil e dá trabalho. Eu poderia sair por aí farejando notícia entre a meia noite e as seis da matina. Desconfio que haveria protestos no lar. Melhor deixar para lá.
Assim, volto a redigir crônicas, com a certeza de ser um fracasso literário, mas satisfazendo o meu desejo de escrever, hábito do qual gosto. Aviso que o nome desta página, mesmo sem notícias, permanecerá o mesmo.
Um novo pedido de alteração poderia me render a alcunha de maluco. Se é que eu já não a tenho.