Para comemorar o Dia Nacional do Estudante, empresa adere a movimento nacional que visa difundir a leitura de maneira gratuita
A escritora brasileira Ruth Rocha, autora de obras como "O Reizinho Mandão" (Editora Salamandra, 40 páginas), costuma dizer que "leitura, antes de mais nada, é estímulo, é exemplo."
Os dados da pesquisa "Retratos da Leitura no Brasil", realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, divulgada recentemente, mostram que os brasileiros ainda precisam de muito estímulo e exemplo para ler. Quase metade da população do País, 44%, não lê e 30% jamais comprou um livro.
Além disso, entre os 5.012 entrevistados, foi feito um ranking das atividades que os mesmos gostam de praticar nos momentos de folga. A leitura ocupa a modesta décima colocação.
Na contramão dos números pessimistas que fizeram o retrato dos leitores brasileiros sair quase queimado, o movimento "Esqueça um Livro", criado pelo paulista Felipe Brandão, conta com uma página no Facebook que já reúne mais de 43 mil adeptos da ideia de esquecer um livro por aí para que mais pessoas possam ter a oportunidade de ler.
O movimento é inspirado em outro semelhante, que começou no início dos anos 2000 nos Estados Unidos, e se replicou por várias cidades do Brasil, com nomes distintos, mas sempre com o mesmo propósito de propagar a leitura gratuitamente.
Em Londrina, o Hospital do Coração vai aproveitar o Dia Nacional do Estudante, comemorado em 11 de agosto, para entrar no embalo do "Esqueça um Livro".
Dezenas de obras serão deixadas nas próprias dependências das três unidades do hospital e também em locais públicos, como postos de saúde e prontos-atendimentos municipais; sempre com um bilhete em formato de marcador de páginas avisando a quem encontrá-los sobre o propósito da iniciativa. "Este livro agora é seu. Leia e depois o esqueça por aí", diz o recado.
A atividade foi idealizada pela diretora geral do Hospital do Coração, Cristina Sahão, depois de conhecer o programa "Esqueça um Livro" pelas redes sociais. "Sempre pensei que os livros devem passar por muitas mãos. Nas nossas unidades já fazemos isso, mantendo bibliotecas e incentivando pacientes e familiares a ler. Agora, também queremos esparramar estas sementes por outros locais de Londrina. É a nossa singela maneira de contribuir para que mais pessoas sejam estimuladas", explica. Da assessoria de imprensa