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Num bailão lá no Norte do Paraná

22 fev 2014 às 10:07

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Há músicas, sertanejas em sua essência, que são verdadeiros tesouros para pessoas que, como a gente, gostam das coisas do campo.

É por isso que, para este Dedo de Prosa, conversei com ninguém menos do que Renato Teixeira, cantor e compositor do primeiro time da música nacional.

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Telefonei para o celular do Renato depois de conseguir o contato com a assessoria de imprensa dele. Fui gentilmente atendido. Proseamos.

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Profissão: Jornalista

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Atire a primeira pedra


De cara, quis saber de onde ele tira inspiração para escrever clássicos como Romaria. "Sou caipira, Pirapora / Nossa Senhora de Aparecida / Ilumina a mina escura e funda / o trem da minha vida."

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Ele me explicou que, desde o começo da carreira, teve a intenção de promover uma repaginação na música caipira, puxando-a para um lado mais folclórico, ou folk, com base no que acontece no cotidiano de nossas vidas. Como referências, tem e teve gente do porte de Manuel Bandeira (1886-1968), Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) e Vinicius de Moraes (1913-1980), que ele chama de "grande irmão".


"No começo, não foi fácil. Eu tocava para cinco ou seis pessoas."

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Mas Renato não apresentou suas canções para plateias pequenas durante muito tempo. O sucesso chegou, sobretudo depois de Elis Regina gravar Romaria, em 1977. E ele foi escrevendo mais e mais.
Entre tantas canções, está "Amanheceu, Peguei a Viola", que lá pelas tantas diz o seguinte: "Chegou a noite e me pegou cantando / Num bailão, lá no Norte do Paraná / Daí pra frente ninguém mais se espanta / E o resto da noitada eu não posso contar."


Eu quis saber a razão dessa referência à nossa terra. Ele me contou que nasceu em Santos (SP), mas passou o primeiro ano de sua vida numa fazenda em Porecatu, onde seus pais tentaram a sorte. "Eu não me lembro, é claro. Depois moramos em Ubatuba (SP) e Taubaté (SP), mas lá em casa sempre se falou muito do Norte do Paraná. Londrina, para mim, é referência de como uma cidade deve ser."

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Fiquei envaidecido com o elogio a Londrina. Mas ainda tinha curiosidade sobre uma outra composição. Perguntei: e "Tocando em Frente", parceria sua com o Almir Sater, como esta música nasceu?


"Ah, estava conversando com o Almir e propus fazermos uma canção com estas frases que a gente vê escrita nas paredes. Como naquele momento não nos recordávamos de nenhuma, fomos dizendo frases que, então, poderiam enfeitar paredes. Coisas como: ‘ando devagar, porque já tive pressa’ ou ‘levo este sorriso porque já chorei demais’. Saiu a música."


Para pessoas geniais, tudo parece simples, né?

Texto publicado originalmente na coluna "Um Dedo de Prosa", do caderno Folha Rural, da Folha de Londrina de 22/02/2014.


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