As redes sociais, quando bem utilizadas, têm força para causar belas transformações. Leio no portal do jornal El Comercio, do Peru, que a professora da escolinha de uma pequena comunidade rural chamada Shapray, encravada em montanhas a mais de quatro mil metros de altitude, aonde só é possível chegar a pé ou montado em mulas, gravou um vídeo e postou no Facebook, mostrando as condições insalubres do lugar no qual dava aulas.
Gloria Salvador é o nome da professora. Ela tem 31 anos e é responsável por ensinar as primeiras letras para 23 alunos de diversas idades. E pouco se importa se os alunos da escola não chegam nem a 30. Para Gloria, são crianças peruanas como quaisquer outras, portanto merecem educação digna e de qualidade.
Ao jornal peruano, em matéria publicada hoje, ela confessou que gravou o vídeo sem muita esperança de ser ouvida pelo governo. Mas o vídeo chegou ao ministro da educação daquele país e, quatro meses depois de a professora reclamar publicamente, Shapray ganhou uma escola novinha, climatizada, com duas salas para separar os alunos do nível mais avançado dos iniciantes, além de cadeiras, mesas e até um gerador de eletricidade.
A matéria completa, inclusive com vídeos, você pode ler (e ver) aqui . É um bom trabalho dos colegas "periodistas" peruanos.
Sinceramente, conheço pouco do Peru para saber se o caso é isolado. Mas seria muito bom se o governo brasileiro (vale também para os governos estaduais e municipais) atendesse a todos os justos pedidos que postamos nas redes sociais, não é verdade?