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Empurra-empurra

31 dez 1969 às 21:33
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Esta crônica foi publicada no Folha Curitiba, no dia 26 de março. Omar Godoy comenta essa tadição brasileira de não assumir erros. Com ilustração do Marco Jacobsen.


A TIA DA LIMPEZA

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Omar Godoy

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Histórias da borracharia


Coisas do Brasil. Dias desses, descobriram que um livro didático adotado nas escolas públicas de São Paulo trazia um mapa com dois ''Paraguais'' e sem o Equador. No jogo de empurra-empurra para apontar culpados, a fundação que produziu o material alegou que o problema foi de diagramação.

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Ora, até um macaco sabe que um material não sai do computador do diagramador direto para a gráfica. Tampouco parte das prensas para as ruas. O processo é acompanhado por revisores e só se encerra com a aprovação de um responsável (editor, gestor, gerente, etc).


Por isso, o papo aqui não é a educação brasileira, um tema que por si só me dá sono. Prefiro me ater à tradição tupiniquim, arraigadíssima por sinal, de não assumir responsabilidades. Ou melhor: de transferir responsabilidades. Para os mais frágeis, claro.

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Este ano completo uma década de profissão. Passei por redações de jornal, estúdios de rádio e tevê, ambientes corporativos, ONGs e repartições públicas. E sabe quantas vezes vi um chefe ser demitido por alguma falha da equipe?


Nunca. O gestor continua onde está ou é movimentado para outro setor. No máximo, é rebaixado de cargo. Em contrapartida, há sempre um laranja pronto para pagar o pato e rastejar no olho da rua. Alguém que pode até ter errado, mas num nível bem distante do decisório. Disso, os cursos de liderança não tratam.

Não me surpreenderei se a culpa pelos dois ''Paraguais'' acabar recaindo sobre a tia que faz a limpeza na fundação. Coisas do Brasil.


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